O Estado de S. Paulo

Calor e feriadão prolongado lotam avenida

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Em frente ao consulado do Líbano, dezenas de pessoas defendiam e votavam por seus candidatos da primeira eleição parlamenta­r daquele país em nove anos. Perto dali, um grupo de jovens evangélico­s apresentav­a uma coreografi­a, enquanto um homem cantava com uma voz semelhante à de Renato Russo, garotas dançavam balé clássico e duas jovens desciam co m o bumbum no “chão, chão, chão, chão” ao som de MC Kevinho.

Com temperatur­a próxi ma dos 30 graus, a diversidad­e de atrações da Avenida Paulista no domingo foi compartilh­ada por milhares de visitantes. Na fila de um supermerca­do ao lado do Itaú Cultural, por exemplo, um cliente resumiu o que foi a via: “parece até que a gente está na Praia Grande, de tão cheio”.

Na esteira da reabertura do Sesc Avenida Paulista, outros espaços culturais do entorno também foram disputados. Na Japan House, por exemplo, cerca de 80 pessoas aguardavam na fila por volta das 15 horas. Mais tarde, perto das 16 horas, dezenas esperavam por um show do grupo Glória ao Samba no Instituto Moreira Salles. No mesmo horário, o entorno da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), estava lotado para uma apresentaç­ão do cantor Frejat. Isso sem contar os shows de rock, forró e MPB de outros tantos artistas de rua, além de produtos comerciali­zados no entorno, que vão de esculturas em papel machê a um Che Guevara em MDF.

Sentada perto da Fiesp, a aposentada Marina Matsue, de 57 anos, aproveitav­a o show de Frejat junto do marido, o funcionári­o público José Luiz de Sousa, de 59 anos, e da cunhada, a aposentada Vera Sousa, de 65. Moradores da Saúde, na zona sul, eles vão a shows na Paulista quase todos os domingos. Ela garante, contudo, que, embora sempre lotada, a via estava ainda mais cheia ontem.

Já o motociclis­ta Alexandre Brito, de 35 anos, veio de Guarulhos e passou um domingo na Paulista pela primeira vez. “Durante a semana a gente também vê muita gente pra lá e pra cá, mas trabalhand­o, na hora do almoço. E tem também o trânsito de carros, é totalmente diferente. Em dias como hoje, a gente se sente mais livre”, diz./P.M.

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