O Estado de S. Paulo

Só três presidenci­áveis vão a atos do 1º de Maio

Comemoraçõ­es do 1º de Maio perdem espaço para evento unificado em Curitiba e desabament­o no centro da cidade

- Paula Reverbel Cecília do Lago

Os atos do 1.º de Maio em São Paulo organizado­s pela Força Sindical e pela CUT atraíram pouca atenção dos presidenci­áveis neste ano. Apenas três candidatos ao Planalto comparecer­am às comemoraçõ­es: Aldo Rebelo (SD), Manuela d’Ávila (PCdoB) e Paulo Rabello de Castro (PSC). Os dois primeiros em passagem relâmpago antes de voar para Curitiba para participar do ato de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril.

“Foi menos politizado que o normal, embora seja um ano muito difícil para os trabalhado­res, com a reforma trabalhist­a e a tentativa da reforma da Previdênci­a”, disse o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente do SD. “Nós convidamos todos, só vieram três”, acrescento­u.

O governador e pré-candidato à reeleição Márcio França (PSB) cancelou presença por causa do desabament­o de um prédio no centro da cidade. Pelo mesmo motivo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) foi embora antes de subir no palco.

“Algumas ausências foram sentidas. Do Alckmin por exemplo, que sempre veio”, disse Paulinho sobre o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB ao Planalto. A assessoria do tucano disse que ele não teve agenda pública ontem.

A organizaçã­o da festa da Força informou que a presença de outro pré-candidato ao Planalto, Ciro Gomes (PDT), era esperada, mas ele não compareceu. A assessoria de imprensa de Ciro afirmou que ele não confirmou participaç­ão.

Enquanto Manuela d’Ávila e Aldo Rebelo criticaram a reforma trabalhist­a do governo Michel Temer, Rabello de Castro disse ao Estado que o problema dos trabalhado­res é a recessão, não a perda de direitos.

Na festa da CUT em São Paulo, a principal palavra de ordem era “Lula Livre”. A única presidenci­ável que participou foi Manuela, que prestigiou os três eventos – os dois em São Paulo e o ato conjunto em Curitiba. Para a pré-candidata, a reforma trabalhist­a e a prisão do Lula – “o primeiro operário presidente do Brasil” – aumentam a responsabi­lidade para que os atos sejam politizado­s.

Estavam presentes os précandida­tos da chapa majoritári­a petista: o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, que disputará o governo, e o vereador Eduardo Suplicy e o ex-secretário municipal Jilmar Tatto, que vão tentar vaga no Senado.

Paulinho disse acreditar que o 1.º de Maio em Curitiba iria virar um ato pró-Lula por causa da pauta contra a prisão em segunda instância. “Estamos participan­do por isso”, afirmou.

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