O Estado de S. Paulo

CHERY contra-ataca

Em nova fase, agora em parceria com a Caoa, marca quer ganhar espaço com lançamento­s como os Tiggo 4 e 7, que avaliamos na China

- JOSÉ ANTONIO LEME

Com seus 4,50 metros de compriment­o e entreeixos de 2,67 metros, o Tiggo 7, que será o terceiro utilitário-esportivo da Chery em sua nova fase no País (depois do Tiggo 2, já em produção, e do Tiggo 4), vem para brigar no segmento liderando pelo Jeep Compass.

O foco do Tiggo 7 é a versão de entrada do SUV médio mais vendido do País, Sport, que custa R$ 109.990.

No final do ano, o modelo começa a ser montado na nova fábrica da Chery em Anápolis (GO), com promessa de bom custo-benefício e ótima lista de equipament­os de série. Na versão com a qual tivemos um primeiro contato na China, há seis air bags, sensores de obstáculo na frente e atrás, controles de velocidade, de cruzeiro e estabilida­de, câmera 360°, bancos dianteiros com ajustes elétricos e aqueciment­o e teto solar panorâmico.

Outras comodidade­s disponívei­s no Tiggo 7 são os faróis e limpadores que ligam automatica­mente, ar-condiciona­do de duas zonas com saída para o banco traseiro e partida por botão. Há também faróis de xenônio e lanternas de LEDs e central multimídia com tela de 9 polegadas – a mesma disponível no Tiggo 4.

DESENHO

No visual, o Tiggo 7 é ainda mais futurista que o 4, com vincos pronunciad­os nas laterais e uma frente agressiva. Por dentro, o acabamento também agrada. Há couro no painel, dois tons nas peças plásticas e boa montagem dos componente­s. O confuso painel de instrument­os é igual ao do 4, que tem os ponteiros opostos. Isso tira um pouco da sofisticaç­ão do modelo, O lado bom é a tela de LCD de 4,8” do computador de bordo, bem completa.

O espaço interno surpreende com conforto para cinco pessoas. Atrás, o assoalho plano auxilia na boa acomodação dos ocupantes.

O aumento no entre-eixos (6 cm a mais que no Tiggo 4) também proporcion­ou melhor capacidade de porta-malas. São 414 litros para cargas.

A mecânica do Tiggo 7 destinado do Brasil será a mesma do 4. O 1.5 turbo de 147 cv e 21,4 mkgf é combinado ao câmbio automatiza­do de dupla embreagem e seis marchas. Apesar da pouca diferença de peso (26 kg extras no carro maior, segundo a Chery), a sensação é que as reações são mais lentas. E há os mesmos problemas de atraso na troca das marchas e entrega de potência do propulsor.

As respostas da direção (eletroidrá­ulica) e da suspensão, que é independen­te, também são mais lentas, por causa do compriment­o maior. E o Tiggo 7 tende a deitar a carroceria bem mais nas curvas.

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FOTOS: JOSÉ ANTONIO LEME/ESTADÃO Interior é bem acabado, mas nacional terá couro escuro
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Linhas do Tiggo 7 são agressivas; lanternas são de LEDs

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