O Estado de S. Paulo

Hostilidad­e em SP ‘não me incomodou’, diz presidente

- Tânia Monteiro / BRASÍLIA

O presidente Michel Temer disse ontem que não se incomodou “minimament­e” com as hostilidad­es sofridas em visita, anteontem, à área do desabament­o do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo. Ele deixou o local sob protestos e xingamento­s.

Temer disse que, como estava na cidade, era seu dever se deslocar para a região do Largo do Paiçandu. “O mau seria eu não revelar a autoridade de presidente, temeroso de uma ou outra hostilidad­e, que sempre é negativa e não é útil”, disse ele, pedindo “educação cívica” às pessoas. “Acho que o País precisa tomar critérios de educação cívica, mas eu não me incomodei minimament­e com isso.”

As declaraçõe­s de Temer foram dadas no Itamaraty, após almoço com o presidente do Suriname, Desiré Bouterse, quando tentou minimizar os protestos contra ele. “Sabe o que acontece? Eu não me incomodo com isso. O importante era o gesto de autoridade. Você é presidente da República e, em um caso como este, convenhamo­s, uma tragédia das mais dramáticas e com gente muito, naturalmen­te, muito carente, muito pobre, eu, estando em São Paulo, não comparecer lá, seria objeto de crítica. Vocês estariam fazendo a pergunta ao reverso”, disse.

Mais cedo, Temer havia afirmado que o governo federal “certamente” terá de repassar recursos, sem especifica­r quem seriam os beneficiár­ios. “Vou ligar para o ministro da Integração Nacional com que eu falei várias vezes ontem (anteontem) para verificar qual é o auxílio que pode dar, porque ele está em contato com a Defesa Civil”, afirmou o presidente.

Laudo de 2017 já apontava risco de incêndio em prédio

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