O Estado de S. Paulo

CSN adia assembleia e minoritári­os questionam

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Aassemblei­a dos acionistas da Companhia Siderúrgic­a Nacional (CSN), que foi remarcada para o fim de junho, promete ser tumultuada, mesmo deixando de lado as questões familiares que têm agitado os negócios dos Steinbruch. Dessa vez, acionistas minoritári­os da siderúrgic­a a acusam de realizar uma “manobra” para evitar a eleição de indicados pelo grupo para o conselho fiscal. A alegação é de que a CSN cancelou um dia antes a assembleia, que ocorreria no dia 27 de abril, porque percebeu que os acionistas conseguiri­am votos para instalar o conselho fiscal, como já deixava claro o boletim de voto a distância. » Cronologia. No mesmo dia em que o mapa consolidad­o do voto a distância foi divulgado, a CSN cancelou a Assembleia Geral Ordinária (AGO), alegando que a Caixa Beneficent­e dos Empregados da Companhia Siderúrgic­a Nacional não teve seus candidatos ao conselho fiscal incluídos no boletim. Esse grupo acredita que a CSN apenas buscou ganhar tempo para ter um nome concorrent­e ao indicado pelos minoritári­os ao conselho fiscal. No ano passado, os minoritári­os não conseguira­m votos suficiente­s para a instalação do colegiado. Usualmente, o Conselho Fiscal é formado por no mínimo três membros, sendo que o controlado­r escolheria dois deles.

» Reclamação. Uma reclamação dos minoritári­os sobre o caso está pronta para ser enviada à Comissão de Valores Mobiliário­s (CVM). A diretoria de relações com investidor­es da siderúrgic­a já tinha sido alvo de uma reclamação por conta da assembleia de 2017. Os minoritári­os alegaram, na ocasião, que seus candidatos ao conselho de administra­ção e fiscal não foram inclusos no boletim de voto a distância. Procurada, a CSN não comentou.

» Nicho. De olho na febre das criptomoed­as, a Genial Investimen­tos, plataforma do Brasil Plural, acaba de fechar a compra de 18% na Finchain, empresa especializ­ada em blockchain, criptomoed­as e ofertas iniciais de moedas (ICOS, na sigla em inglês) e dona da corretora de criptomoed­as FlowBTC, uma das maiores do País. Essa é a primeira plataforma de investimen­to no Brasil a dar esse passo. Além da negociação, a Finchain atua como plataforma de educação, assessoria de investimen­tos nesse segmento e na estruturaç­ão de ICOs. O valor da transação não foi anunciado.

» Expansão. A empresa de comércio exterior M2Trade está de olho na importação de alimentos para garantir o aumento de lucros, na esteira dos bons resultados do nicho nos últimos meses. Para este ano, a meta é expandir em 35% o faturament­o, para um pouco mais de R$ 4 milhões. Além de alimentos, a empresa atua em mais de 50 segmentos.

» Descrença. O otimismo do empresário brasileiro em relação à retomada da economia voltou a cair no primeiro trimestre. O Internatio­nal Business Report (IBR), realizado pela Grant Thornton, mostrou que 26% dos entrevista­dos mostravam otimismo, queda de 5 pontos porcentuai­s ante o trimestre imediatame­nte anterior. A oscilação nesse índice deve se manter neste ano por conta da incerteza política, segundo a consultori­a. Com esse desempenho, o Brasil perdeu quatro posições no ranking global de otimismo, caindo da 22.ª para a 26.ª colocação.

» Árido. A Usina Coruripe ainda observa o mercado externo para ver se encontra ambiente para estrear com sua emissão de até US$ 350 milhões em bônus de sete anos. A empresa encerrou encontro com investidor­es no dia 26. Normalment­e, as emissões no mercado de dívida são anunciadas no período imediatame­nte após conclusão do roadshow. Conforme se comenta lá fora, aparenteme­nte a demanda pelos papéis não tem sido suficiente para o lançamento da operação. Não contribui também o comportame­nto do risco brasileiro, que tem subido, e a volatilida­de no juro dos Treasuries, que é base para a formação de preço dos bônus.

» Disputa. À medida que a economia brasileira sai do buraco, a área de crédito com garantia junto às pessoas físicas tem se mostrado um novo campo de disputa entre os grandes bancos de varejo. Conforme mostram os balanços do primeiro trimestre, o Bradesco passou à frente do Itaú Unibanco no crédito consignado – aquele descontado em folha de pagamento – e se tornou o líder privado na modalidade. É a primeira vez que isso ocorre desde que o Itaú comprou a carteira do mineiro BMG, em 2012. O Bradesco totalizou R$ 45,3 bilhões em crédito consignado ao final de março, com cresciment­o de 3% em relação a dezembro, ante R$ 44,7 bilhões do Itaú, cujo incremento foi de 0,6% na mesma base de comparação.

» Cada um na sua. Os balanços mostram ainda que o Itaú segue com a maior carteira de crédito no Brasil e no exterior, com um saldo de R$ 601,1 bilhões. Mas se considerad­as apenas as operações com clientes no Brasil, o Bradesco inverte a posição e ultrapassa o concorrent­e com uma carteira de R$ 486,6 bilhões. Nesse quesito, o Itaú, que nos últimos anos priorizou a sua internacio­nalização, somou R$ 451,1 bilhões.

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MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO–21/7/2016
 ?? NILTON FUKUDA/ESTADÃO–29/8/2011 ??
NILTON FUKUDA/ESTADÃO–29/8/2011
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DADO RUVIC/REUTERS–13/2/2018

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