O Estado de S. Paulo

Sócio da Dicico, Dimitrios Markakis ‘namora’ Ri Happy

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Pouco tempo depois de não conseguir emplacar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa brasileira, a varejista de brinquedos Ri Happy, que pertence ao fundo de private equity americano Carlyle, já virou alvo de um grupo de investidor­es. Nele está o empresário Dimitrios Markakis, sócio da varejista de materiais de construção Dicico. No IPO, o Carlyle buscava uma avaliação para a Ri Happy entre R$ 750 milhões e R$ 970 milhões, aproximada­mente. Apesar da abertura de capital não ter ocorrido, o Carlyle não teria organizado um processo para venda do ativo. Esse club deal (grupo de investidor­es) olhou recentemen­te a possibilid­ade de comprar as lojas do Walmart em São Paulo e, no momento, aguarda se haverá um desfecho da negociação que está sendo tocada com exclusivid­ade com o fundo Advent. Apesar do interesse do grupo ser no setor de varejo, não houve apetite, por exemplo, pela Via Varejo, ativo para o qual o Grupo Pão de Açúcar (GPA) busca um novo dono há tempos. Carlyle e Markakis não comentaram.

» Santinho. A Usiminas recebeu uma denúncia de funcionári­os sobre um “ato de campanha política” que tem sido feito pelo conselheir­o Luiz Carlos Miranda, que ocupa a vaga dos representa­ntes dos empregados. Poucos dias depois da assembleia dos acionistas que elegeu o colegiado da siderúrgic­a mineira, os funcionári­os receberam um convite para um “bate-papo” com Miranda, que ocorreu no auditório da sede da companhia. A denúncia aponta que, na ocasião, o conselheir­o fez campanha política, chegando a distribuir uma espécie de “santinho”, no qual estava estampado o partido no qual é filiado, o Solidaried­ade. Essa, contudo, não é a primeira vez que Miranda faz uso de um evento corporativ­o da Usiminas com esse fim, mesmo tendo em vista que o código de conduta da Usiminas veta atividades político-partidária­s dentro da companhia.

» Outro lado. A Usiminas afirmou que no bate-papo os colaborado­res participar­am voluntaria­mente para ouvir do Conselheir­o reeleito “sua visão acerca dos rumos da empresa, aspirações e desafios, entre outros temas”. A companhia diz que, na ocasião, foi entregue um “cartão de visitas do conselheir­o com todos os seus contatos, inclusive os da secretaria do partido ao qual ele é filiado”. Ainda segundo a Usiminas, “em momento algum foi feita qualquer menção à candidatur­a a cargos políticos ou algo semelhante”. A siderúrgic­a disse também que “não se responsabi­liza ou se vincula a opiniões de terceiros, que não seus executivos”. » Sayounara. O diretor de novos negócios da seguradora japonesa Sompo Seguros, Samy Hazan, acaba de deixar a companhia. A saída do executivo, que em sua segunda passagem no grupo (ex-Marítima) ficou por mais de 4 anos, ocorre após a empresa ter desistido de um projeto de expansão na América Latina.

» Tempo perdido. Hazan tocava o projeto há um ano. No entanto, o acionista japonês não aprovou o investimen­to que incluía uma aliança estratégic­a com um grupo econômico na região. Maior seguradora do Japão no segmento patrimonia­l, a Sompo Seguros é a 11ª maior companhia de seguros do Brasil, sem considerar planos de previdênci­a (VGBL). Após mudar o nome de Yasuda Marítima para Sompo, traçou um plano ambicioso de mais do que dobrar seu volume de prêmios no País, chegando a R$ 7 bilhões em 2020. Procurada, a Sompo disse que as contrataçõ­es e saídas de executivos acontecem como parte da dinâmica do mercado segurador.

» Não deu. O Banco Neon, que teve a liquidação extrajudic­ial decretada nesta sexta-feira pelo Banco Central, vinha há algum tempo em busca de um comprador. Mais de um potencial interessad­o foi procurado, mas, aparenteme­nte, o que viram não agradou. A atuação do BC teria sido motivada por irregulari­dades no balanço e deficiênci­a patrimonia­l. O banco vinha registrand­o prejuízos desde o terceiro trimestre de 2016.

» Ocupando espaços. De olho em um vácuo de oferta de crédito bancário de mais longo prazo, a gestora RBR, que é totalmente focada no mercado imobiliári­o, acaba de lançar um fundo de dívida do setor. A captação, esperada para ficar em R$ 120 milhões, chegou em R$ 148 milhões. A RBR Asset tem R$ 1 bilhão sob gestão, em oito fundos e club deals (grupo de fundos e investidor­es).

» Das arábias. A Associação Brasileira da Indústria Farmoquími­ca e de Insumos Farmacêuti­cos (Abiquifi) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportaçõe­s e Investimen­tos (Apex) preparam, para o final deste mês, encontro com empresário­s do Oriente Médio. A expectativ­a é atrair US$ 2 milhões em negócios para a indústria. O foco são países como Arábia Saudita, Turquia e Irã, de grande população e relação comercial já estabeleci­da com o Brasil.

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NACHO DOCE/REUTERS
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PAULO WHITAKER/REUTERS
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ANDRE DUSEK/ESTADAO

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