Renda per capita está entre itens avaliados por redes
A viabilidade de nova unidade em município interiorano considera indicadores como PIB e IDH da cidade
Em 2003, já com nove lojas próprias, Rubens Augusto Junior resolveu transformar a marca Patroni em franqueadora. A pizzaria foi criada por ele em 1984, como forma de ajudar o pai a sair de uma depressão, provocada pelo desemprego.
“Ele resolveu franquear depois que passou a ser procurado por interessados em investir em uma unidade da marca”, conta o diretor de franquias, Luiz Cury Filho.
Como franqueadora, a Patroni ampliou o cardápio e incluiu massas e carnes.
Cury conta que um dos focos da marca é expandir a rede por cidades menores. “Possuímos um mix de produtos que atende a todas as classes sociais. O interior do Brasil oferece um potencial enorme para conquistarmos ainda mais capilaridade.”
Para alcançar o objetivo, a rede criou modelo de negócio
“Nas cidades pequenas o franqueado tem vantagens como custo fixo menor e mais segurança no retorno do investimento” Faisal Ismail FUNDADOR DA ORTOPLAN
compacto, chamado Patroni Expresso (R$ 150 mil), idealizado para atender regiões com até 50 mil habitantes.
O diretor diz que para avaliar o potencial do município analisa o número de habitantes, classe social, renda per capita, concorrência e perfil de consumo da população.
“Uma das vantagens de abrir unidades em cidades menores está no fato de o custo de ocupação (aluguel e condomínio) ser menor, bem como a concorrência. Além disso, o modelo de negócio se torna um atrativo na região, por ser formatado e ter grande potencial comercial.”
Com 210 unidades espalhadas pelo território brasileiro, a rede estima crescer 10% em número de lojas neste ano.
Tática. Um dos fundadores da rede de clínicas Ortoplan – Especialidades Odontológicas, Faisal Ismail, afirma que o direcionamento da expansão para
cidades menores foi estrategicamente pensado.
“Devido ao custo inicial de operação do nosso negócio ser muito alto nas grandes cidades, desenvolvemos um modelo para atender o segmento de clínicas de pequeno e médio porte, porque concluímos que nas cidades pequenas o franqueado teria vantagens, como custo fixo menor e maior segurança no retorno do investimento.”
Ismail afirma que as principais características avaliadas para definir se o município tem potencial para suportar uma unidades são o PIB e o IDH. “Verificamos se houve crescimento desses indicadores nos últimos dez anos.”
Segundo ele, a opção tem gerado bons resultados para a marca que nasceu em 1998 e virou franqueadora em 2007. Para ser um franqueado, o investimento é R$ 400 mil. “O valor inclui taxa de franquia, mobiliário, reforma do espaço, equipamentos, material inicial para as atividades e a ação de marketing para a inauguração”, diz.