O Estado de S. Paulo

‘Passo para melhorar a punição’

- BRASÍLIA ministro da Transparên­cia e CGU / F.F.

O ministro da Transparên­cia e Controlado­ria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, diz que a formação de uma rede de colaboraçã­o é o primeiro passo para melhorar a punição de empresas por corrupção no exterior.

Wagner de Campos Rosário, O ministro da Transparên­cia e Controlado­ria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, diz que a formação de uma rede de colaboraçã­o é o primeiro passo para melhorar a punição de empresas por corrupção no exterior.

Por que formar a rede de colaboraçã­o?

Como vou saber que a empresa pagou propina fora do País? Preciso criar canais de comunicaçã­o com esses países e realizar eventos em que a gente troque as informaçõe­s. Atualmente, na área civil e penal, o órgão responsáve­l por isso é o Departamen­to de Recuperaçã­o de Ativos e Cooperação Jurídica Internacio­nal. Mas aumentou muito a responsabi­lização administra­tiva.

Há casos de suborno transnacio­nal em investigaç­ão?

Temos alguns casos de suborno internacio­nal em empresas que estão fechando acordo de leniência. Elas são obrigadas a relatar. Mas não temos nenhum caso de suborno internacio­nal em que houve sanção.

Qual a maior dificuldad­e para firmar os acordos? O mais difícil vai ser criar a rede, um meio de trocar as informaçõe­s com segurança. Não temos um sistema ainda, mas não deve ser tão caro. Se eu crio esse canal e ele não se torna interessan­te, cai em desuso.

O Brasil atende as convenções ou está ainda aquém do que poderia fazer no âmbito da CGU? Temos uma lei relativame­nte recente e não temos mecanismos para saber se nossas empresas estão atuando de forma irregular lá fora. Temos de fazer com que a norma passe a ser cumprida.

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