AO AR LIVRE
Rua Arbat (Old Arbat) Estação: Smolenskaya (linha 3)
Você vai se encantar pela Antiga Rua Arbat. Antiga com letra maiúscula porque a via, uma das mais conhecidas de Moscou, ganhou outra versão ali perto, a Nova Arbat. Tem prédios art nouveau que foram de famílias nobres no século 17. A casa do poeta Alexander Pushkin está aberta à visitação. A alma boêmia permanece nos artistas de rua e nos muitos bares e restaurantes, com pratos russos, internacionais e de fast-food. Exclusiva dos pedestres, tem lojas e bancas de souvenirs – nada muito em conta, mas não custa olhar.
Parque Gorki Estações: Park Kultury e Oktyabrskaya
O parque urbano fica às margens do Rio Moscou e é uma ótima pedida para relaxar durante a Copa. O verão, afinal, é a época ideal para aproveitar seus lagos, quadras de tênis, mesas de pinguepongue e, logicamente, ver suas fontes ligadas. Sua abertura, em 1928, foi motivada pela política soviética de criar mais espaços de cultura e lazer na cidade. Por isso, ali também estão brasões e símbolos da antiga URSS. O nome do parque é da década de 1930, em homenagem ao escritor russo Máximo Gorki. Site: parkgorkogo.com/en.
Biblioteca do Estado Russo (Biblioteca Lenin) Estação: Biblioteca im. Lenina (linha 1)
É a maior biblioteca do país e uma das cinco maiores do mundo. Merece ser vista com atenção, mesmo que apenas do lado de fora (acesse também o hall de entrada). O conjunto arquitetônico começou a ser construído em 1862 nas proximidades do Kremlin, e foi sendo ampliado nos anos seguintes. Isso explica suas diferentes propostas artísticas: do Fórum Romano e das colunas clássicas à estátua de Dostoievski na entrada; das imagens de referência à ciência às que evocam a classe trabalhadora. Site: rsl.ru/en.
Estátuas de Marx e Lenin Estações: Teatralnaya (linha 2) e Tverskaya (linha 2)
Me deparei com um busto de Karl Marx logo que desembarquei do metrô na estação Teatralnaya (linha 2) e saí à rua, na noite da minha chegada a Moscou. Foi, de fato, a primeira imagem familiar que encontrei na capital. Obra de Lev Kerbel, o busto foi esculpido em granito na década de 1960 e está exposto no local acompanhado de um trecho do Manifesto Comunista.
Em posição de discurso, o velho Marx tem ali o privilégio de contemplar o Teatro Bolshoi, localizado do outro lado da rua. Já a estátua de Lenin fica mais escondida: está na Praça Tverskaya, atrás do monumento de Yury Dolgoruky, considerado o fundador de Moscou. O autor do Lenin em questão, de 1938, é Sergey Dmitrievich.
Antiga KGB Estação: Lubyanka (linha 1)
Seja por seu papel ímpar na história dos serviços secretos ou a carga sombria que parece carregar até hoje, a extinta KGB desperta curiosidade de quem visita a Rússia. Criado durante a Guerra Fria, o Comitê de Segurança do Estado (em português) foi responsável pela espionagem soviética e também pela tortura, prisão e assassinato de opositores do regime stalinista, incluindo integrantes do próprio Partido Comunista. A KGB foi desmembrada nos anos 1990 e se transformou em FSB e SVR. Seu prédio, porém, continua o mesmo, uma construção de paredes amarelas do fim do século 19 conhecida como Lubianka (referência à praça de mesmo nome à sua frente). É possível visitar o pequeno museu lá dentro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h; government.ru/en.