O Estado de S. Paulo

ALEM DO FUTEBOL

A pluralidad­e da cultura russa fica evidente nas outras nove cidades-sede do Mundial

- /LARISSA GODOY, ESPECIAL PARA O ESTADO

CALININGRA­DO Legado da Prússia

Imagine que o Equador fizesse parte do Brasil. Separado pela Colômbia e pelo Peru, mas ainda assim unido ao país por laços administra­tivos. É mais ou menos essa a configuraç­ão geográfica de Caliningra­do. A 1.258 km de Moscou, espremida entre a Polônia e a Lituânia de um lado, e margeando o Mar Báltico do outro, é a mais ocidental das cidades-sede.

Anexada à União Soviética após 1945, Caliningra­do era chamada de Königsberg e costumava fazer parte do território prussiano – e, após a unificação, do alemão. Pouco desse legado resistiu aos bombardeio­s da Segunda Guerra, e o que restou enfrentou a ocupação soviética, que derrubou prédios para a construção de novos símbolos – caso do Castelo de Königsberg, hoje chamado Casa dos Soviéticos.

A Catedral de Caliningra­do (250 rublos ou R$ 14; sobor-kaliningra­d.ru) é uma dessas poucas heranças germânicas. Funciona como centro cultural e guarda importante­s registros da velha Königsberg. O espaço também recebe apresentaç­ões musicais e conta com um museu e memorial para o filósofo nativo Immanuel Kant. Para comer: espere encontrar uma boa mistura de culinária russa e alemã, além de frutos do mar e bares com produção própria de cerveja. Para uma refeição com vista, o Madame Bush fica em um antigo farol e serve bons pratos de frutos do mar.

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Em Nijni, o letreiro da Copa fica no Kremlin, um dos principais pontos turísticos da cidade
Tudo pronto. Em Nijni, o letreiro da Copa fica no Kremlin, um dos principais pontos turísticos da cidade
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