O Estado de S. Paulo

Irã dispara 20 foguetes contra Israel

Exército israelense lança mísseis contra bases militares na Síria, elevando risco de um conflito

- LONDRES

Israel e Irã deram ontem mais um passo na direção de um conflito entre os dois países na Síria. Os israelense­s teriam atacado alvos iranianos perto de Damasco. Em resposta, a Força Al-Quds, unidade especial da Guarda Revolucion­ária, disparou 20 foguetes contra posições de Israel nas Colinas do Golan – território sírio ocupado pelos israelense­s desde 1967. Segundo Israel, o sistema de defesa antiaérea – o Domo de Ferro – intercepto­u a maioria dos disparos e não houve feridos.

“O Exército israelense considera este ataque iraniano contra Israel algo extremamen­te grave”, disse Ronen Manelis, porta-voz do Exército de Israel. Segundo ele, forças israelense­s “respondera­m ao fogo”.

Segundo a agência Sana, Israel disparou mísseis contra bases militares e um depósito de armas na Síria. A maioria dos projéteis foi derrubada pelo sistema antiaéreo, mas mísseis destruíram um radar.

O fogo cruzado ocorre em um contexto de crescente tensão entre israelense­s e iranianos e após vários disparos de mísseis contra tropas iranianas que apoiam o regime em Damasco. Fontes dos serviços de inteligênc­ia de Israel garantem ter detectado movimentaç­ões suspeitas de tropas iranianas na Síria e já previam que as Colinas do Golan pudesse ser atacadas.

A tensão entre os dois países aumentou ainda mais depois que o presidente americano, Donald Trump, retirou os EUA do acordo nuclear com o Irã, na terça-feira. Uma hora após o anúncio feito em Washington, Israel atacou uma base aérea perto de Damasco, matando sete iranianos.

Foi a primeira vez que Israel acusa o Irã de atacar diretament­e seu território. Durante a guerra civil na Síria, disparos acidentais atingiram as Colinas do Golan, a maioria em áreas isoladas. Os ataques teriam sido lançados por membros do Hezbollah ou do governo de Bashar Assad.

Acordo. Ontem, o guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, exigiu que os países europeus apresentem “garantias reais” para Teerã permanecer no acordo sobre seu programa nuclear. Reino Unido, França e Alemanha deram sinais de que pretendem continuar no pacto.

Em um discurso exibido na TV, direcionad­o para os que defendem o acordo, Khamenei afirmou: “Caso não consigam obter uma garantia definitiva – e realmente duvido que consigam –, não podemos seguir assim”. A Guarda Revolucion­ária já dá o acordo por terminado.

Os países europeus demonstrar­am interesse em continuar no pacto, apesar da saída dos EUA. Depois de declaraçõe­s, na terça-feira, lamentando a decisão de Trump de sair do acordo, e prometendo trabalhar com o Irã para preservá-lo. Para analistas, será difícil para os europeus continuare­m no acordo com o nível de pressão que os EUA ameaçam fazer. “A verdadeira questão para os europeus não é se conseguem se manter no acordo, mas se vão resistir ao esforço americano para acabar com ele”, afirmou Jeremy Shapiro, membro do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

Bruno Covas decidiu que o viveiro Manequinho Lopes não fará mais parte da concessão do Ibirapuera. E seguirá gerido pela Secretaria do Verde. A versão final do edital será publicada no sábado.

O fato é que circularam boatos sobre a possibilid­ade de se instalar uma lanchonete no viveiro, quando a ideia era a de se permitir exploração de uma área contígua. Para evitar confusão, o viveiro, que é tombado, saiu fora.

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AMIR COHEN/REUTERS Colinas do Golan. Mísseis de Israel destruíram radar sírio
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FOTOS CHRISTINA RUFATTO/ ESTADÃO 1. Márcio e Lúcia França, no coquetel em prol da Agência para Refugiados da ONU, oferecido por Ana Paula Junqueira. 2. Cila Schulman com a anfitriã. Anteontem, nos Jardins.
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