O Estado de S. Paulo

PP só negocia aliança se envolver apoio a Maia

- COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

Cobiçado pelos presidenci­áveis, o PP só aceita negociar aliança na disputa presidenci­al se Rodrigo Maia (DEM-RJ) desistir da corrida. Todos os planos do partido incluem o demista, amigo pessoal do presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI). Maia tem hoje o apoio do comando do PP para ser candidato ao Planalto, a vice-presidente ou a presidente da Câmara no biênio 2019-2020. Não existe hipótese de o partido negociar seu apoio sem impor uma dessas condições, dizem seus dirigentes. A ideia é ganhar ou perder, desde que juntos.

» Longo caminho. Qualquer negociação com o PDT, do presidenci­ável Ciro Gomes, para fazer o empresário Benjamin Steinbruch (PP) como vice na chapa necessaria­mente implica garantir apoio à reeleição de Maia na Câmara.

» Tô contigo. O discreto movimento do deputado Mendonça Filho (DEM-PE) para se colocar como opção de vice do presidenci­ável Geraldo Alckmin (PSDB) irritou o presidente do DEM, ACM Neto, que não autorizou o processo.

» Tudo em casa. O PSL poderá usar com outros candidatos da sigla o dinheiro que seria destinado para a campanha de Jair Bolsonaro. O presidenci­ável dispensou a verba do fundo eleitoral. O TSE entende que só volta para a União o que sobrar no final da eleição.

» Me dá um dinheiro ai. Para que o candidato tenha acesso ao fundo, ele tem que fazer um requerimen­to por escrito ao partido. O que irá expor quem pediu e quem abriu mão do fundo.

» Geni. O ministro Carlos Marun, da articulaçã­o política, virou vidraça. Congressis­tas reclamam que conseguem agenda com Michel Temer, mas não com ele.

» Nada consta. Na última quarta, o deputado Roberto Freire (PPS-SP) foi fotografad­o por um eleitor enquanto comia numa padaria. O rapaz queria verificar sua ficha ‘Detector de Corrupção’. Sem processo, Freire passou incólume.

» Olha o passarinho! O aplicativo não tem feito sucesso no Congresso. Parlamenta­res reclamam do App do Reclame Aqui, pelo qual basta a foto para ele entregar a ficha criminal do político.

» Quem fala demais... Na última fase da Lava Jato, os procurador­es destacaram que a Lei da Repatriaçã­o vem dificultan­do as investigaç­ões de corrupção. Os membros do MPF esqueceram, contudo, que existe uma ação contra a lei, que ainda não foi julgada apenas pela demora do MPF em se manifestar na ação.

» Nó. A Receita Federal limitou o acesso aos dados de quem fez a repatriaçã­o, tanto internamen­te (entre os auditores) quanto externamen­te (troca de informaçõe­s com as secretaria­s estaduais da Fazenda). » Do baú. Antonio Palocci foi perguntado em seu depoimento de delação como foi o esquema de pagamento da Gamecorp, empresa de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

» Tudo explicadin­ho. O setor gráfico prepara cartilha com as regras para a impressão de material na campanha. O documento será apresentad­o ao TSE quarta.

» Analógico. Em 2005, pesquisa dos Correios mostrou que o eleitor considerav­a a propaganda impressa como ‘muito relevante’ para escolher seu candidato.

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