O Estado de S. Paulo

Governo diz que criou empregos e cortou gastos

Para Planalto, a política econômica adotada pelo presidente Michel Temer ‘gera novos empregos’ e combate a recessão

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O governo federal apontou melhorias na política econômica ao fazer balanço de dois anos da gestão do presidente Michel Temer. Ontem, o Estado mostrou que sete dos 15 pontos do programa ‘Ponte para o Futuro’ – lançado pelo MDB e usado como diretriz para a nova gestão – não foram cumpridos.

De acordo com o Planalto, o governo criou 56 mil empregos em março e que, acumulado do ano, já houve cresciment­o de 204.064 postos de trabalho, segundo o CAGED. A população ocupada – 92,1 milhões de pessoas – aumentou em 1,84 milhão no trimestre de outubro a dezembro de 2017, em comparação com o mesmo período de 2016, de acordo com dados são da PNAD Contínua, do IBGE.

“Estamos recuperand­o um passivo de mais de dez anos de uma política econômica equivocada e que levou o país à sua maior recessão da história”, afirmou o governo, em nota.

O governo voltou a afirmar que a Reforma da Previdênci­a não saiu da pauta do País e contestou a informação de que ela tenha sido engavetada por falta de apoio, apontando a intervençã­o do Rio como o fator que inviabiliz­ou a votação no Congresso. Segundo o Planalto, o governo “segue aprovando projetos fundamenta­is para o país”, citando a aprovação na Câmara do projeto que cria o Cadastro Positivo e do projeto para pagar dívidas de governos anteriores.

“O presidente assumiu o governo quando os ânimos estavam naturalmen­te exacerbado­s. Adotou a pregação de unificar o país e pacificar a nação, num gesto de conclamar a todos nesse sentido”, diz a nota.

Cortes. Sobre a promessa não cumprida de priorizar pesquisa e desenvolvi­mento tecnológic­o, o governo citou na necessidad­e de contingenc­iar gastos para justificar a redução do orçamento de Ciência e Tecnologia.

“Como, hoje, mais de 90% do Orçamento federal correspond­e a despesas obrigatóri­as, resta ao governo a obrigação de contingenc­iar os outros menos de 10%”, disse. “Esse contingenc­iamento atingiu a todos os órgãos da União”, acrescento­u.

A nota diz que os trabalhos de pesquisa e inovação receberão aporte de US$ 1,5 bilhão do Banco Interameri­cano de Desenvolvi­mento (BID).

O governo informou ainda que “tem atuado para fechar acordos comerciais com outros países” como a China, Reino Unido e Chile. O texto diz que o Mercosul e a União Europeia estão “muito próximos” de assinar um acordo de livre comércio que está sendo negociado há mais de 20 anos, desde do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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