TERRENO FOI ARREMATADO EM DEZEMBRO
Aempresa Fema4 Administradora de Bens, uma das credoras da massa falida, arrematou o terreno da Vila Soma em dezembro em um acordo promovido pelo juiz André Gonçalves Fernandes, da 2.ª Vara Cível de Sumaré, mediante o compromisso da empresa de depositar R$ 6 milhões, em seis parcelas de R$ 1 milhão, dinheiro para pagamento das dívidas trabalhistas da falência. Pelo plano, a operação com a Fema4 ajudaria a saldar as dívidas trabalhistas e também resolveria os débitos da massa falida com a própria Fema4.
“Tentei tudo o que foi possível para resolver essa questão”, disse anteontem o sócio da Fema4, Paulo Magalhães. Segundo ele, “a situação do caso é bem difícil”. Magalhães afirmou que em 2015 houve um acordo judicial, assinado pelos movimentos sociais, para a desocupação. “Mas eles não saíram”, disse.
A empresa tem até projeto para a construção de moradias sociais em área de 33% do terreno. O projeto prevê 1.380 moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e mais 1.104 pelo sistema de Habitação de Interesse Social (HIS), em um total de 2.484 unidades. “Mas a decisão do STF cristalizou uma situação na área que está se consolidando”, relatou Magalhães. “Nós queremos é uma solução. Não queremos a área para construir. Só queremos recuperar os nossos créditos”, argumentou.
Em fevereiro, o ministro do STF, Dias Toffoli, voltou ao processo e quis saber das “tratativas com vistas à solução conciliatória”. Segundo o advogado Eduardo Foz Mange, da Melhoramentos, a resposta foi enviada ao ministro. “O local está sendo favelizado. Esperamos pela reintegração de posse da área.”