O Estado de S. Paulo

Aceleramos um carro da Stock no Velopark

Modelo com visual de Chevrolet Cruze tem motor V8 de 550 cv

- Diego Ortiz diego.ortiz@estadao.com NOVA SANTA RITA (RS) O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA CHEVROLET

Oconvite era irrecusáve­l: acelerar um Stock Car da Cimed Chevrolet Racing no Velopark, no Rio Grande do Sul. O carro, com visual de Cruze (a carenagem é de fibra de vidro), tem chassi de tubos de molibdênio, chapas de alumínio e revestimen­to antichama. O motor é um V8 de 550 cv de potência.

O reconhecim­ento do traçado foi feito em um Equinox e tendo como “zequinha” o piloto Lucas Foresti. A fumaça que saía das rodas e os cacos de pneus voando mostravam o que os 32 graus de temperatur­a da pista e as frenagens intensas poderiam causar.

Devidament­e equipado, com capacete, macacão, botas e luvas antichama, chegou a hora de acelerar o Stock. O piloto Marcos Gomes deu as boas vindas e mostrou o traçado ideal, visto de dentro do carro de corrida. Já na saída deu para perceber a rudeza do Stock.

O carro é como uma jaula. O banco é duro, a suspensão é dura, a forma de pilotar é dura… Não é nada fácil, ainda mais com todas as curvas do Velopark. A animação deu lugar a uma grande ansiedade.

A partida é acionada por meio de um botão no teto. O V8 urra pronto para atacar, mas em vez dos 550 cv “normais”, o motor foi limitado a 450 cv, já que a reta é curta e o traçado requer mais torque para sair das curvas do que potência.

Com a primeira das seis marchas do câmbio sequencial engatada, o carro embola um pouco em baixa rotação. Já na saída da reta deu para ver o quanto o Stock é rápido: acelerar

de 0 a 100 km/h requer meros 2,9 segundos.

Tudo é visceral e a sensação não se iguala a nada oferecido por carros feitos para rodar nas ruas. Os pedais, duros de acionar, são muito juntos um do outro e o volante fica grudado no peito e tem pouquíssim­o

diâmetro de giro.

O Stock da Cimed, que agora é Chevrolet Cimed Racing, fica totalmente grudado no chão. Impression­a a forma como o carro encara e sai das curvas. Qualquer pisada mais forte faz a traseira se “soltar”.

Completei as voltas que me cabiam satisfeito com a minha performanc­e e com um baita sorriso debaixo do capacete, mesmo tendo passado bem longe de 345 km/h. Essa é a velocidade máxima do carro, alcançada pelo piloto Cacá Bueno no deserto de Bonneville Salt Flats, em Utah, nos EUA.

Aliás, ele venceu as edições de 2005, 2007 e 2008 da etapa de Santa Cruz do Sul (RS), que neste ano ocorrerá no próximo domingo. Com 80 pontos, Cacá está em segundo lugar entre os pilotos, atrás de Daniel Serra, que soma 116 pontos.

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CIMED CHEVROLET RACING
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