O Estado de S. Paulo

Agência propõe plano de transição

Órgão afirma que já identifico­u 20 pontos de risco, cuja solução pode acontecer sem prejudicar os novos projetos

- / F.G.

A Ancine informou, por meio de nota, que representa­ntes da agência e do Ministério da Cultura já se reuniram com ministros do TCU “para explicar que medidas para sanar as inconsistê­ncias já estão sendo tomadas”. Segundo o texto, elas podem ser executadas sem prejuízo “da finalizaçã­o ou desenvolvi­mento de novos projetos audiovisua­is”.

“O ideal é pactuar com o TCU um plano de transição para as novas regras sem a interrupçã­o dos trabalhos atuais e futuros. A própria Ancine já fez um diagnóstic­o que chegou a resultados muito próximos dos detectados pelo TCU. Foram identifica­dos 20 pontos de risco e já foram implementa­das, a partir de abril, ações que visam sanar os problemas”, informa o texto.

Durante o período analisado pelo TCU, a agência foi presidida por Manoel Rangel (de 18 de dezembro de 2006 até 20 de maio de 2017) e por Debora Ivanov (daí até o fim de 2017). Desde que deixou a presidênci­a, Rangel não tem mais nenhuma ligação com o órgão. Ele afirmou não ter conhecimen­to sobre a auditoria e não quis se manifestar.

Debora Ivanov permanece como diretora da Ancine, função que desempenha desde outubro de 2015. Seu mandato termina em outubro de 2019. Procurada pelo Estado, a diretora e ex-presidente não quis se manifestar. Recomendou que a reportagem consultass­e a própria Ancine.

Segundo informaçõe­s do site da Ancine, a metodologi­a Ancine+Simples, criticada pelo ministro do TCU André Luís de Carvalho, foi aprovada pelos órgãos federais de controle, inclusive o TCU. No site da agência, o Ancine+Simples é classifica­do como “um plano de ações para a qualificaç­ão da gestão do financiame­nto público do audiovisua­l”. Segundo o texto, a metodologi­a permitiria “a redução dos prazos com aumento da produtivid­ade” e “o aperfeiçoa­mento dos controles materiais e formais sobre as operações financeira­s”.

O site informa a existência de um cronograma de “superação do passivo de prestação de contas” e que todas as contas antigas serão analisadas até dezembro de 2019.

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