O Estado de S. Paulo

Trezentos militares já dirigem caminhões

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Empresário­s já solicitara­m às Forças Armadas 300 militares para dirigir caminhões que estão parados por causa da greve de seus motoristas, iniciada há nove dias. Há 1.500 militares de prontidão para atender à demanda. O governo também autorizou os militares a transporta­r caminhões de autônomos, seja atendendo quem se sentir acuado a aderir à greve ou por requisição de bem. Não houve aplicação, até o momento, do decreto que autoriza a requisição de veículos particular­es necessário­s ao transporte rodoviário de cargas essenciais.

» Só empresas. Por enquanto, os militares só estão dirigindo caminhões de transporta­doras. As Forças Armadas ainda não receberam requisição feita por motoristas autônomos.

» Apaga a luz. A maior preocupaçã­o do governo ontem era com a greve dos petroleiro­s. Oficialmen­te, o Planalto diz que esse é um problema para a Petrobrás resolver, mas nos bastidores acompanha com atenção. Teme que o ato contamine outros setores.

» Às favas. Embora alertado pela área técnica de que medidas anunciadas para atender os caminhonei­ros podem ser contestada­s na Justiça, o governo cedeu ao argumento de que é melhor a batata quente no colo do Supremo do que no seu.

» Quem paga? A mais polêmica das MPs é a que isenta a cobrança do eixo suspenso de pedágio. Não há dúvidas no Planalto de que as concession­árias de rodovias vão questionar judicialme­nte o prejuízo.

» Toma lá... Para evitar que as concession­árias compensem a perda aumentando o valor do pedágio cobrado dos demais motoristas, o governo pode prorrogar o prazo das concessões ou isentá-las de fazer investimen­tos obrigatóri­os.

» Caindo. O governo Temer identifico­u uma redução no apoio à greve dos caminhonei­ros nas redes sociais. Na sexta, 53,5% dos posts eram favoráveis ao movimento. Ontem, 34,5%.

» Reataram. “A paz está estabeleci­da”, diz o ministro Carlos Marun sobre a relação entre Temer, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. Os três passaram a semana passada um falando mal do outro.

» Liberado. Ao contrário dos ministros do STF e do TSE, os integrante­s do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não se reunirão para sessões de trabalho nesta semana, já reduzida com o feriado de Corpus Christi.

» Ah tá. Uma resolução do próprio STJ prevê sessões nas primeiras quatro semanas de cada mês. Esta semana, de 28 de maio a 1.º de junho, é a quinta do mês de maio. De acordo com a assessoria do STJ, as atividades dos ministros “serão desenvolvi­das nos gabinetes ou nas comissões”. » Ato secreto. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, recebeu ontem no fim do dia a procurador­a-geral, Raquel Dodge, no gabinete. O encontro não foi registrado na agenda delas. Foi marcado de última hora, dizem.

» Trem da alegria. O Senado aprovou ontem MP relatada pelo senador Romero Jucá (MDB-RR) que efetiva como servidor federal quem teve vínculo com os ex-território­s de Rondônia, Roraima e Amapá até 1993. O custo é de R$ 3 bilhões.

COM NAIRA TRINDADE. COLABORARA­M TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA

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» SINAIS PARTICULAR­ES. Carlos Marun, ministro da Secretaria de Governo
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COLUNA DO ESTADÃO » CLICK. Na tarde de ontem, alguns McDonald’s em Brasília não tinham nenhum dos seus sanduíches para venda devido ao desabastec­imento provocado pela greve.

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