A ADORÁVEL LISBOA
Entre tradições e inovações, a receptiva capital portuguesa se mostra um ótimo destino em família
Os números não deixam dúvidas: Portugal vem trabalhando com maestria a sua verve turística. E os brasileiros têm tirado proveito disso. Em 2017, 869 mil estiveram no país, um aumento de 39% em relação a 2016. Ainda que explorem cidades e regiões distintas, Lisboa segue como destino favorito.
Entender a predileção é fácil. Com equilíbrio entre história e modernidade, a capital oferece passeios para todos. Adultos e crianças querem conhecer o monumental Castelo de São Jorge (¤ 8,50, menores de 10 anos não pagam; castelodesaojorge.pt), construído pelos mouros no século 11 na mais alta colina de Lisboa. Não abrem mão também de uma volta a bordo do clássico bonde 28 e se impressionam com o vaivém na Rua Augusta, onde lojas de grifes internacionais são vizinhas de pequenas mercearias e artistas de rua ocupam as esquinas.
Influência da água. Ainda na Praça do Comércio, o coração da cidade, fica outra atração que combina com perfeição passado e presente. Inaugurado em 2012, o Lisboa Story Centre (¤ 7 para adultos e ¤ 3,50 para crianças entre 6 e 15 anos; lisboastorycentre.pt) relata os principais eventos que marcaram a trajetória da capital e influências ainda presentes no seu dia a dia. Tudo é contado com aparelhos interativos e sensoriais, que captam a atenção das várias faixas etárias.
Enquanto as projeções do espaço ilustram de forma lúdica a importância do Rio Tejo na formação da capital portuguesa, o Museu da Marinha (adultos a ¤5 e metade para crianças entre 6 e 15 anos; ccm.marinha.pt) destaca o pioneirismo dos portugueses na conquista do além-mar. O acervo composto de fardas, armas, mapas e embarcações originais torna o local um dos preferidos das crianças.
Viajantes mirins também são maioria no Oceanário (¤ 15 para adultos e ¤ 10 para crianças entre 4 e 12 anos; oceanario.pt), construído para a Expo 98, num complexo ultramoderno, o Parque das Nações. O espaço possui um aquário central, com 5 milhões de litros d’água salgada, e abriga cerca de 500 espécies, entre aves, peixes, anfíbios e mamíferos. É tanta vida em exibição que adultos também acabam encantados.
Pescados e docerias. Em frente ao Cais do Sodré e aos pés do Rio Tejo está o endereço gastronômico mais descolado de Lisboa. E democrático: há opções para todos os bolsos e para todos os paladares.
Antes frequentado por lisboetas que buscavam comprar frutas, verduras e flores, o Mercado da Ribeira ganhou uma grande praça de alimentação, sob curadoria da revista Time Out. São mais de 30 pequenos restaurantes que valorizam produtos locais, entre especializados em peixes, receitas orgânicas, massas e hambúrgueres, além de variados cafés e docerias com o autêntico pastel de nata.
Chefs portugueses também marcam presença ali, como Alexandre Silva (do restaurante Bica do Sapato) e Henrique Sá Pessoa (do Alma). Independentemente do menu, o esquema é o mesmo: depois de fazer o pedido, há que buscar um lugar nas mesas e balcões comunitários.
O lugar cai bem ainda para comprar souvenir. Vinhos são facilmente encontrados ali, assim como modernos apetrechos de cozinha, sabonetes e conservas. Para levar um pouco “da terrinha” para a casa.