O Estado de S. Paulo

Taxa de desemprego fica em 12,9% em abril

Segundo o IBGE, resultado equivale a 13,413 milhões de desocupado­s; especialis­tas citam demora para recuperaçã­o do mercado de trabalho

- Vinicius Neder / RIO THAÍS BARCELLOS E MARIA REGINA SILVA

A taxa de desemprego ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril, ante os 13,1% do trimestre terminado em março e os 12,2% no trimestre móvel até janeiro. Em um trimestre, o total de brasileiro­s ocupados caiu 1,1%, o que significa que 969 mil trabalhado­res perderam o emprego nesse período, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

Por outro lado, na comparação com 2017, o mercado de trabalho segue mostrando recuperaçã­o, embora analistas destaquem a lentidão do processo. “Os dados (na comparação com 2017) são bons, mas o nível é muito ruim”, afirmou Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisado­r do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), citando o elevado contingent­e de desemprega­dos.

No trimestre até abril, eram 13,413 milhões de brasileiro­s na fila do desemprego. O número está 4,5% abaixo do registrado em igual período de 2017, mas 5,7% acima do contingent­e do trimestre de novembro a janeiro.

Para Cimar Azeredo, coordenado­r de Trabalho e Rendimento do IBGE, o problema desde a passagem do fim de 2017 foi que os trabalhado­res contratado­s temporaria­mente por causa das festas de fim de ano não foram efetivados. “Há uma falta de força do mercado de trabalho em estimular a contrataçã­o”, afirmou Azeredo.

Isso se reflete no emprego formal. Assim como nos meses anteriores, os dados do IBGE registrara­m o menor número de trabalhado­res com carteira assinada no setor privado (32,729 milhões) da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. São 567 mil postos formais a menos do que no trimestre de novembro a janeiro e 557 mil a menos na comparação com 2017./COLABORARA­M

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