O Estado de S. Paulo

SEM CARA DE FERIADÃO

Muita gente desistiu de viajar por causa da crise de abastecime­nto de combustíve­is

- José Maria Tomazela SOROCABA

Acrise de abastecime­nto de combustíve­is fez com que o feriado prolongado de Corpus Christi começasse, ontem, com estradas vazias no Estado de São Paulo. Em algumas rodovias, o movimento era menor até do que num dia comum.

Oferiado prolongado de Corpus Christi começou com estradas e praias vazias no Estado de São Paulo. Em algumas rodovias, tinha menos carros até do que num dia comum. Em razão da crise no abastecime­nto de combustíve­l causada pela greve dos caminhonei­ros, muita gente desistiu de pegar estrada.

As praças de pedágio da rodovia Castelo Branco, entre Sorocaba e São Paulo, estavam com 50% das cabines abertas de manhã e no início da tarde. Normalment­e, em feriados prolongado­s, todas as cabines de cobrança funcionam. O comerciant­e Adauto Lessa, de Sorocaba, foi com a família até um outlet na rodovia Castelo Branco, em Mairinque. “Com esse problema, a gente tem de ir e voltar com o combustíve­l que tem no tanque, por isso optamos por um passeio de 80 quilômetro­s, entre ida e volta”, disse.

O movimento era tranquilo também no Sistema Anhanguera-Bandeirant­es. De acordo com a Agência dos Transporte­s do Estado de São Paulo (Artesp), por causa da excepciona­lidade do feriado, afetado pelas paralisaçõ­es dos caminhonei­ros, as concession­árias não estavam fazendo balanços parciais do movimento nas estradas. O balanço será divulgado apenas na segunda-feira, mas as câmeras online não registrava­m congestion­amentos.

No Corpus Christi de 2017, 2,9 milhões de veículos circularam pelas principais rodovias que atendem a Região Metropolit­ana de São Paulo.

Praias. Num dos principais feriados prolongado­s do ano, poucas pessoas se arriscaram a pegar o rumo do litoral. O trânsito de carros em direção às praias era muito baixo. Nas principais cidades, os restaurant­es da orla estavam com as mesas vazias. “Está desolador ver as praias sem gente. Espero que o movimento melhore nos próximos dias”, disse a comerciant­e Esther Pestellero, dona do restaurant­e Paraíso, na praia do Boqueirão, em Praia Grande.

Em Peruíbe, hotéis e pousadas registrara­m até 80% de cancelamen­tos, disse o diretor de Comunicaçã­o da prefeitura, Celso Vernizzi. “É o pior feriado da história. Estamos com apenas 30% dos turistas que eram esperados.” Segundo ele, a cidade já está com combustíve­l e os ônibus voltaram a circular. “A esperança é de que, com o abastecime­nto voltando ao normal, os turistas ainda apareçam para o fim de semana.”

No Guarujá, as praias também estavam quase vazias. Sem clientes, alguns restaurant­es fecharam à tarde.

“A esperança é de que, com o abastecime­nto voltando ao normal, os turistas ainda apareçam para o fim de semana.” Celso Vernizzi DIRETOR DE COMUNICAÇíO DE PERUÍBE

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MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS Livre. Tráfego de veículos para o litoral de SP foi muito inferior ao normalment­e registrado em um feriado prolongado

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