O Estado de S. Paulo

Gilmar Mendes manda soltar Orlando Diniz

- Amanda Pupo /BRASÍLIA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar ontem o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) Orlando Diniz, que está preso desde fevereiro pela Operação Jabuti, desdobrame­nto da Lava Jato.

Diniz foi preso durante investigaç­ões de desvio de recursos da Fecomércio-RJ, lavagem de dinheiro e pagamento em honorários advocatíci­os com recursos da entidade. O nome da operação faz alusão a funcionári­os fantasmas, que, entre os empregados da entidade, eram conhecidos como “jabutis”. Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do Sesc-Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na época de sua prisão, em nota, a Polícia Federal informou que as investigaç­ões apontaram que gestores da Fecomércio do Rio “estariam envolvidos em operações irregulare­s incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritório­s de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões”.

Durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) no Rio, o escritório da ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo teria recebido R$ 35,8 milhões de dez empresas, segundo as investigaç­ões. Uma delas, a Fecomércio do Rio comandada por Diniz.

Doleiro. Gilmar também liberou Rony Hamoui, um dos doleiros presos na Operação Câmbio, desligo no início de maio. O ministro trocou a prisão preventiva pela proibição de Rony manter contato com os demais investigad­os e deixar o País.

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