Gilmar Mendes manda soltar Orlando Diniz
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar ontem o ex-presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) Orlando Diniz, que está preso desde fevereiro pela Operação Jabuti, desdobramento da Lava Jato.
Diniz foi preso durante investigações de desvio de recursos da Fecomércio-RJ, lavagem de dinheiro e pagamento em honorários advocatícios com recursos da entidade. O nome da operação faz alusão a funcionários fantasmas, que, entre os empregados da entidade, eram conhecidos como “jabutis”. Em dezembro do ano passado, Diniz foi afastado do Sesc-Rio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na época de sua prisão, em nota, a Polícia Federal informou que as investigações apontaram que gestores da Fecomércio do Rio “estariam envolvidos em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$ 180 milhões”.
Durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) no Rio, o escritório da ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo teria recebido R$ 35,8 milhões de dez empresas, segundo as investigações. Uma delas, a Fecomércio do Rio comandada por Diniz.
Doleiro. Gilmar também liberou Rony Hamoui, um dos doleiros presos na Operação Câmbio, desligo no início de maio. O ministro trocou a prisão preventiva pela proibição de Rony manter contato com os demais investigados e deixar o País.