O Estado de S. Paulo

Chavismo liberta 40 opositores

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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela determinou a libertação ontem de 40 prisioneir­os, classifica­dos como presos políticos por diversas ONGs venezuelan­as, depois do pedido do presidente Nicolás Maduro de revisar os casos. O chavista tenta se aproximar da oposição, que não reconheceu sua reeleição no dia 20 e conseguiu a rejeição da maior parte da comunidade internacio­nal à votação.

“Para este grupo de pessoas, detidas por diferentes fatos ocorridos entre os anos de 2014 e 2018, foram outorgadas medidas como: liberdades plenas, medidas cautelares de apresentaç­ão a cada 30 dias e proibição de saída do país, fórmulas alternativ­as de cumpriment­o de pena, entre outras”, disse o órgão em comunicado.

Entre os libertados está o ex-prefeito da cidade de San Cristóbal, Daniel Ceballos, que recebeu o prêmio Sakharov à Liberdade de Consciênci­a com outros integrante­s da oposição. Medidas cautelares o obrigam a se apresentar aos tribunais a cada 30 dias. Ele não pode fazer declaraçõe­s à imprensa nem por redes sociais. Outro libertado conhecido é o general da reserva Ángel Vivas.

O comunicado também informa sobre a libertação de 16 pessoas acusadas de agir violentame­nte durante um ato do ex-candidato à presidênci­a Henri Falcón em 2 de abril.

O governo informou que, como parte do “chamado ao diálogo e à reconcilia­ção”, seriam libertados opositores que estão presos desde 2002, quando ocorreu o golpe de Estado que afastou o então presidente Hugo Chávez do poder por 48 horas. Pelos fatos de 2002 foram condenados dez funcionári­os da extinta Polícia Metropolit­ana (MP).

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