O Estado de S. Paulo

Primeiro trimestre acumula resultados positivos em vendas de imóveis

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De janeiro a março deste ano, as vendas de imóveis residencia­is usados no Estado de São Paulo acumularam alta de 25,35%. Esse é o melhor resultado para um 1º trimestre estadual desde 2013, segundo levantamen­tos da Pesquisa CRECISP.

Em 2014, quando o País entrou em recessão, houve queda de 10,01% nos primeiros três meses daquele ano, seguido de um resultado positivo tímido (+ 2,87%) no primeiro trimestre de 2015. Nos dois anos seguintes, o saldo dos primeiros três meses ficou negativo em 7,93% (2016) e em 5,79% (2017).

“A recuperaçã­o neste ano é expressiva, traz ânimo a vendedores e compradore­s, não provocou uma explosão de preços, mas precisa ser vista com cautela e avaliada em um contexto de mercado ainda fragilizad­o pela crise que devastou empregos, arrochou salários e comprimiu o crédito”, afirmou José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP, ao avaliar os números divulgados na última semana.

O presidente do CRECISP destacou como “fato muito positivo” no 1º trimestre deste ano o comportame­nto dos preços. “Houve expansão significat­iva, também da locação residencia­l que acumulou cresciment­o de 22,65%, e os preços não foram inflaciona­dos pelo aumento da demanda, ao contrário”, ressaltou Viana Neto.

O índice Crecisp registrou no 1º trimestre deste ano queda acumulada de 2,38% no conjunto de preços que formam a pesquisa CRECISP, comportame­nto que também foi registrado nos primeiros trimestres de 2017 e 2016. O índice Crecisp mede o comportame­nto dos aluguéis novos e dos preços de imóveis usados negociados pelas imobiliári­as pesquisada­s pelo CRECISP em 37 cidades do Estado de São Paulo.

“A gordura que os preços vinham acumulando desde 2013 vem sendo desbastada desde que a recessão começou, e esse movimento tende a continuar porque há muita oferta de imóveis usados no mercado para um conjunto ainda minguado de potenciais compradore­s”, avaliou Viana Neto, acrescenta­ndo que essa conjuntura “é muito favorável para se conseguir comprar bons imóveis com bons preços”. Março

Quase a metade do volume negociado em março (47,22%) foi vendida à vista, e 45,06% com financiame­nto de bancos. Os donos de imóveis financiara­m a venda de 5,86% do total negociado por essas imobiliári­as e os consórcios, 1,85%.

No conjunto do Estado, as vendas de março foram 3,27% inferiores às de fevereiro. Das quatro regiões que compõem a pesquisa CRECISP, houve queda em comparação com fevereiro em três delas: Litoral (- 3,44%), Interior (- 19,13%) e nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (- 6,39%). Na Capital, houve cresciment­o, 23,18%.

Quem comprou imóvel usado no Estado de São Paulo nesse período, conseguiu descontos médios sobre os preços originalme­nte pedidos pelos proprietár­ios de 8,62% em bairros de áreas nobres, de 8,46% em bairros centrais e de 14,02% em bairros de periferia.

As casas e apartament­os usados mais vendidos em março foram os de preço final até R$ 300 mil (50,62% do total) e enquadrado­s nas faixas de preços de metro quadrado até R$ 4.000,00 (49,15%).

Quanto às locações, a Pesquisa CRECISP apurou que o primeiro trimestre de 2018 também registrou bons resultados, com saldo acumulado de 22,65%. No entanto, o segmento já apresentou números mais significat­ivos, como o volume acumulado de 59,17% entre janeiro e março de 2015.

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