O Estado de S. Paulo

‘Som ao Redor’ abriu tendência importante da produção nacional

- Luiz Carlos Merten

O Som ao Redor (BRASIL, 2012.) DIR. DE KLEBER MENDONÇA FILHO, COM IRANDHIR SANTOS, MAEVE JINKINGS, IRMA BROWN, WALDEMAR SOLHA.

Um dos filmes brasileiro­s de maior prestígio, nacional e internacio­nal, tornou-se alvo de uma áspera polêmica envolvendo seu diretor e o MinC. Kleber Mendonça está sendo instado a devolver dinheiro público, por supostas irregulari­dades durante a captação de seu filme que até foi indicado, com o aval do MinC, para representa­r o Brasil no Oscar. Kleber queixa-se de perseguiçã­o política. O ministério – o ministro – ofende-se. O filme, agora suspeito, teve toda uma consultori­a jurídica avalizada na época. O assunto parece longe de se esgotar, mas O Som ao Redor, de volta à TV paga, somente reafirma a importânci­a do diretor. O filme é sobre uma comunidade de alta classe média do Recife que contrata seguranças para manter o local fechado, e seguro. O efeito resultante não é exatamente esse. Afloram as tensões sociais. O remake do policial de Lewis Milestone com Sinatra deu origem a uma série com Doze Homens e Outro Segredo, Treze Homens e Um Novo Segredo. Todos voltam à TV neste sábado. Baseado na história real de homem que atravessa o Brasil de bicicleta com a família, sonhando com uma vida melhor na Região Sudeste. Ótimo elenco e canções de Roberto Carlos que fornecem a trilha.

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CINEMASCÓP­IO Realismo. Na tela as contradiçõ­es do País, casa grande e senzala

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