Mercado oferece modelos que não mudam há 10 anos ou mais
Faz tempo que Montana, Gol, Strada, Weekend e Doblò não recebem renovação importante, mas alguns vendem bem
Eles não estão ligados a modismos, não trazem a última palavra em tecnologia e estão longe de atrair pelo visual. Mas, mesmo assim, resistem ao tempo e não entregam os pontos. Chevrolet Montana, Volkswagen Gol e os Fiat Strada, Doblò e Weekend são exemplos de veículos que estão em produção há muito tempo sem receber alterações importantes.
A Strada é uma boa prova de que modernidade nem sempre se reflete em vendas. A Fiat é a picape mais vendida do País há 17 anos, ou praticamente toda a sua vida – o modelo foi lançado há 20 anos. Entre os destaques, ela foi a primeira da categoria a ter cabine dupla (em 2009).
No caso do Gol, a última grande mudança ocorreu há dez anos, quando o VW passou a ser feito sobre a plataforma do Polo, abandonou o motor longitudinal e virou “G5” (5ª geração). De lá para cá, o hatch ganhou atualização no motor e painel e, na linha 2019, que está chegando às lojas, dianteira mais “robusta” – a mesma da Saveiro.
A Weekend é outra sobrevivente. Lançada em 1997 com o nome de Palio Weekend, essa Fiat recebeu a última reestilização há dez anos. Ao contrário da Strada e do Gol, suas vendas não param de cair, reflexo da baixa procura por peruas.
A segunda – e atual – geração da Montana chegou em 2010. Trata-se de um raro caso de modelo que piorou em relação ao projeto original, de 2003. Isso porque a primeira picapinha utilizava a base do Corsa, bem melhor que o modelo disponível atualmente, feito sobre a estrutura do Agile. Resultado: A Chevrolet vende muito menos que as rivais Strada e VW Saveiro.
O furgovan Doblò, por sua vez, chegou em 2001 oferecendo muito espaço. Há opções de cinco e sete lugares, mas seus preços são altos. A versão mais barata, Essence, tem tabela a partir de R$ 84.390.