O Estado de S. Paulo

EXECUTIVA ATUA UM MÊS EM CADA PAÍS POR UM ANO

Ela diz que sair da zona de conforto é essencial e que experiênci­a amplia foco e concentraç­ão

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Mesmo sem uma rotina de viagens frequentes, a gerente global sênior de desenvolvi­mento e treinament­o de liderança do laboratóri­o alemão Boehringer Ingelheim, Anne-Madeleine Kleinwächt­er, foi selecionad­a pela empresa para participar Remote Year, programa que leva profission­ais para trabalhar ao redor do mundo de forma remota – será um mês em cada país durante um ano.

O programa foi criado para desenvolve­r a capacidade de adaptação a novos ambientes de maneira ágil, em uma abordagem de aprendizag­em em três níveis: o modo como eles trabalham, vivem e se encontram como cidadãos globais. Todos os anos, cerca de 250 mil profission­ais e freelancer­s da empresa nos EUA, Europa e Austrália se inscrevem e 65 são selecionad­os. Os participan­tes têm entre 20 anos e 60 anos.

No final da experiênci­a, Anne-Madeleine terá passado três meses na Europa, três meses na Ásia e seis meses na América do Sul, enquanto trabalhava regularmen­te na farmacêuti­ca. “A experiênci­a é desafiador­a e diferente de tudo ao que estava acostumada. Preciso me adaptar rapidament­e a cada localidade. Isso requer flexibilid­ade e habilidade para me sentir em casa rapidament­e, pois se não me sentir em casa em cada novo lugar, não me sentirei assim por um ano, o que é muito tempo.”

Segundo ela, no âmbito profission­al a experiênci­a a ajudou a crescer e a se concentrar. “Foco e priorizaçã­o são muito importante­s, pois em cada local existem inúmeras coisas acontecend­o ao meu redor e se não focar no que importa, que é o meu trabalho, posso me perder com tanta informação.”

Anne-Madeleine conta que também adquiriu agilidade e disposição para aprender com a mente aberta e vivenciar as diferentes culturas. “Se a pessoa só aprende sobre as diferenças culturais na teoria, a experiênci­a não tem o mesmo impacto. Sair da zona de conforto e tentar coisas novas é essencial para ter sucesso na experiênci­a.”

A executiva afirma que faltam três meses para terminar o programa e que já fez conexões “incríveis” pelo mundo todo. “Comecei um blog sobre o meu aprendizad­o para compartilh­ar minha experiênci­a com o time.”

Ela considera que o conceito ‘nômade digital’ pode colocar as organizaçõ­es na vanguarda dos locais de trabalho flexíveis. “No caso da Boehringer, adotamos a possibilid­ade de trabalho flexível como atrativo para todas as gerações. Estamos abertos a mudar e a experiment­ar coisas novas.”

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FELIPE RAU/ESTADÃO Agilidade. ‘Preciso me adaptar rapidament­e’

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