O Estado de S. Paulo

Campeonato Brasileiro

Flamengo supera rival no Maracanã e coloca mais um resultado negativo na conta do treinador que entrou no lugar de Carille

- Marcio Dolzan / RIO

O Flamengo venceu o Corinthian­s (1 a 0) e se manteve na liderança do Brasileiro. O Santos goleou o Vitória (5 a 2) e deixou a zona de rebaixamen­to.

O Flamengo não foi brilhante, chegou a irritar sua torcida e por muito pouco não deixou escapar dois pontos em casa. Mesmo assim, venceu o Corinthian­s por 1 a 0 com um gol de Felipe Vizeu, mantevese na liderança isolada do Brasileirã­o e afastou o atual campeão brasileiro da ponta de cima da tabela. Foi a terceira derrota do time paulista em quatro jogos sob o comando de Osmar Loss.

O treinador corintiano reconheceu que a sequência de maus resultados atrapalha. “Todas as derrotas não são legais. A gente veio aqui e enfrentou com boas condições o Flamengo, que é o líder do campeonato. Vitórias aumentam a confiança, ajudam a gente a escolher melhor e ver as coisas que estão dando certo”, disse Loss. Apesar disso, ele se negou a comentar se está pressionad­o. “Trabalhar com vitórias é muito melhor, mas essa pergunta, se é que tem de ser feita agora, tem de ser feita à diretoria.”

Contra o líder, o Corinthian­s foi um rival cauteloso. Nos primeiros 20 minutos, o time paulista se preocupou mais em se proteger, rodando a bola na defesa, buscando raros contragolp­es e avançando sempre pelos lados do campo. No meio, Rodriguinh­o estava sumido entre os defensores, enquanto Jadson era quem tentava flutuar pelos poucos espaços deixados pela defesa rubro-negra. Sem ter com quem trocar passes na frente – Pedrinho e Mateus Vital não apareciam –, o camisa 10 corintiano se limitava a tocar a bola sem objetivida­de alguma.

Para piorar, Jadson sentiu dores na coxa ainda no primeiro tempo, sendo substituíd­o por Roger. A mudança deu ao Corinthian­s um pouco mais de presença ofensiva, mas minou sua capacidade de criação no meio.

“O Jadson saiu e realmente a gente teve de alterar o modelo de jogo. Uma mudança que sai do plano pode abrir margem para melhorar ou piorar. Acho que a gente manteve um estágio de equilíbrio”, considerou Loss.

“Mas estamos mais adaptados a jogar com o Jadson na criação.”

O Flamengo, por sua vez, não chegou a ser muito melhor que o Corinthian­s. É verdade que tinha em seu tripé de meias ofensivos um futebol mais alegre, mas em vez de ser uma equipe vertical, era diagonal: as bolas que saíam dos pés de Diego ou de Everton Ribeiro ora iam para a extrema esquerda, para Vinícius Júnior, ora para a extrema direita, com Rodinei.

A partida se encaminhav­a para um insosso empate sem gols quando um herói improvável decidiu mudar a história do jogo no Maracanã. Aos 35, Lucas Paquetá chutou de fora da área, Walter espalmou e Felipe Vizeu, que acabara de entrar na vaga do vaiado Henrique Dourado, aproveitou o rebote.

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FABIO MOTTA/ESTADÃO Festa. Felipe Vizeu garantiu a vitória do Flamengo sobre o Corinthian­s com um gol no final da partida no Maracanã

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