Fim do foro amplia no PT ‘plano B’ para Lula
Adecisão do STF de acabar com a prerrogativa de foro para congressistas ampliou as opções de “plano B” no PT caso o ex-presidente Lula seja impedido de disputar a eleição. Alvo da Lava Jato, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, entrou na lista de cotados. Ela tem sinalizado que irá disputar vaga de deputada federal, mas, sem a garantia de que manterá seus casos no Supremo, pode acabar assumindo a vaga de candidata ao Planalto. Jaques Wagner, também investigado, planeja disputar o Senado e diz que não aceitará outra missão.
» Missão dada. Gleisi e Wagner seriam os únicos que, na avaliação de Lula, teriam coragem de assinar o indulto para livrá-lo da prisão e de rever a lei da delação premiada. Fernando Haddad não cumpriria tarefas como essas.
» Me esqueçam. Jaques Wagner nega que tenha mudado seus planos por causa do fim do foro privilegiado. “Sou candidato ao Senado e já estou em campanha”, disse ele. Gleisi não retornou.
» Tanto faz. Oscilando entre 6% e 8% das intenções de votos, Geraldo Alckmin (PSDB) está convencido de que o segundo turno será entre ele e o candidato do PT, seja ele quem for.
» Mesma língua. Quem já conviveu com o novo presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, diz que ele é mais maleável do que Pedro Parente e não baterá de frente com o governo. Prova disso é que sobreviveu a dois chefes na petroleira.
» Gênio. No auge da crise de desabastecimento, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima, causou “vergonha alheia” nos colegas ao sugerir, em reunião de líderes, cortar combustível dos carros de serviço do poder público.
» Vem mais? Na representação que baseou a Operação Registro Espúrio, a PF aponta que irá investigar a “possível participação” dos deputados federais Cristiane Brasil e Deley (RJ), além do deputado estadual Campos Machado (SP), do PTB.
» O esquema. Os três foram mencionados em diálogos de integrante do esquema de fraude em registro sindical. Cristiane diz não ter nada a temer; os outros dois não ligaram de volta.
» Escapou. A PF e a PGR pediram, mas o ministro Edson Fachin negou, a prisão temporária de Ricardo Patah, presidente da UGT, na Operação Registro Espúrio.
» Motivos. Para a PF, Patah é membro da organização criminosa. Raquel Dodge escreveu que ele “utiliza sua influência (...) para promover fraudes nos processos de registro sindical”.
» Nego. Fachin não verificou “prática direta e concreta de condutas delituosas do investigado”. Patah diz que foi ele quem denunciou o esquema e já esclareceu para a PF. Agraciados. Juízes do Maranhão vão receber diárias para fazer um curso sobre organização criminosa e lavagem de dinheiro, no destino turístico de Palermo, de 18 a 22. Vários solicitaram reembolso da taxa de inscrição de R$ 600,00 e passagem área. Levaram R$ 2.985 de diárias.
» O único. O ministro Alexandre de Moraes, que determinou multa aos caminhoneiros grevistas que obstruíram estradas, diz não ter sido afetado pela greve. “Eu vou de casa pro gabinete, do gabinete pra casa. O tanque cheio dura um ano.”