RIO GRANDE DO SUL TEM CRISE FINANCEIRA COMO TEMA CENTRAL
Acrise financeira do Rio Grande do Sul será o principal tema das campanhas para o governo do Estado. Com dívida na casa dos R$ 76 bilhões, 28% maior que em 2014, a atual gestão não consegue pagar em dia os servidores e foi obrigada a buscar ajuda federal. O desgaste político promoveu uma debandada do apoio ao governador José Ivo Sartori (MDB), que ainda não anunciou se vai tentar a reeleição, e pulverizou candidaturas de oposição e propostas de soluções. Contra a postulação do emedebista pesa uma esta- tística desfavorável: o Rio Grande do
Sul nunca reelegeu um governador.
PSDB, PP e PDT – que proporão ideias de tendências liberais para combater a crise gaúcha – deixaram recentemente a base governista para lançar candidaturas próprias ao Palácio Piratini.
Ex-prefeito da cidade de Pelotas, o pré-candidato tucano Eduardo Leite afirmou que pretende diminuir o peso do Estado com privatizações e parcerias com a iniciativa privada. Já o pré-candidato do PP, Luis Carlos Heinze, deputado federal no quinto mandato, prometeu reduzir o número de cargos de confiança e secretarias, privatizar estatais e renegociar a dívida com a União. O PDT terá o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge como postulan- te ao governo. Jorge afirmou que vai buscar um Estado mais “eficiente e rápido”, com menos burocracia, e que aposta em parcerias público-privadas para infraestrutura.
Defensor de propostas sem o mesmo perfil libe- ral, o pré-candidato do PT, Miguel Rossetto, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, propõe renegociar a dívida gaúcha, mantendo – e até ampliando – o papel do Estado. PCdoB e PSOL lançaram, respectivamente, a servidora pública Abigail Pereira e o vereador de Porto Alegre Roberto Robaina. Os dois propõem diminuição de incentivos fiscais e combate à sonegação de impostos para ampliar as receitas estaduais.
Pré-candidato do Novo, o ex-secretário do Pla- nejamento do Rio Grande do Sul Mateus Bandeira se diz defensor de privatizações e de redução das atribuições do governo estadual. O governa- dor gaúcho, José Ivo Sartori (MDB), ainda não se lançou pré-candidato à reeleição. Negociação. torno verno dos da nomes gaúcho formação O cenário que se vão reflete das ainda concorrer chapas na incerto indefinição para às o duas go- em cadeiras to, somente para estão o Senado. confirmados Por enquan- por seus partidos os dois atuais senado- res, Paulo Paim (PT) e Ana Amélia (PP), que tentarão a reeleição. Outros partidos lançaram cinco nomes para o Se- nado, mas ainda sem bater o martelo – as vagas têm sido usadas como moeda de troca para formar alianças na disputa pelo governo do Esta- do. O MDB cogita lançar o ex-governador Germa- no Rigotto. A segunda vaga estaria destinada a um pessebista. PSDB e PDT estão trabalhando em alianças para compor a chapa.
DÍVIDA DO GOVERNO GAÚCHO CRESCE 28% DESDE 2014