EM MINAS GERAIS, DENÚNCIAS NÃO EVITAM DUELO ENTRE PT E PSDB
Os partidos que governaram Minas Gerais nos últimos 15 anos, PT e PSDB, têm sido alvo de denúncias e prisões por corrupção. Mesmo assim, o cenário eleitoral no Estado se configura com uma nova polarização entre o governador petista Fernando Pimentel, que tentará a reeleição, e o senador tucano Antonio Anastasia, que governou o Estado entre 2010 e 2014.
Pimentel foi denunciado quatro vezes por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Acrônimo da PF, que apura lavagem de dinheiro na campanha em 2014. Em outra investigação, a Procuradoria-Geral da República denunciou o governador por omissão e falsidade na prestação de contas da campanha eleitoral de 2014. Por fim, em abril, a Assembleia Legislativa abriu um processo de impeachment de Pimentel, sob a alegação de que houve atrasos em repasses do Executivo a outros Poderes em Minas. O processo, no entanto, está parado.
Também investigado pela PF por “vantagens indevidas” em sua campanha ao governo de Minas em 2010, Anastasia é o principal pré-candidato da oposição e enfrenta ainda o fato de ser aliado de dois tucanos com problemas: o senador Aécio Neves, réu por corrupção passiva e obstrução da Justiça e alvo de outros sete inquéritos, e o ex-governador Eduardo Azeredo, que foi preso no dia 23, após condenação em segunda instância a 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no caso conhecido como mensalão mineiro.
Ao menos duas pré-candidaturas se apresentam como “terceira via”. O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) diz que é précandidato, mas não descarta entrar de vice na chapa de Ciro Gomes (PDT) para a Presidência. O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), que também tenta lançar candidatura, afirma que tem conversado com Avante, PEN, PP e PMB. A Rede corre por fora com o sociólogo João Batista Mares Guia, ex-secretário estadual de Educação, e o PSOL lançará a professora Dirlene Marques. Dilma. tar 2014 o segundo e seff colocar Para opostos eles (PT) o turno a Senado, nem presidente e de Aécio da seus uma campanha a novamente partidos disputa disputa cassada presidencial eleitoral. poderia e Dilma interlocuto- em campos reedi- Rous- Nem de res, bre as entretanto, candidaturas. batem o martelo so- Em conversas dizem que reservadas, uma candidatura líderes tucanos de Aécio poderia isolar o PSDB em Minas. Há quem defenda que Aécio tente vaga na Câmara ou deixe de concorrer este ano. A notícia de que Dilma havia transferido o domicílio eleitoral para Minas causou turbulên- cia. Esse gesto teria motivado o presidente da As- sembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), a aceitar a abertura do processo de impeachment de Pimentel. Adalclever pretendia se candidatar ao Senado na chapa de Pimentel, mas desistiu. Agora, diz que é pré-candidato ao governo.
ELEIÇÃO AO SENADO PODE REEDITAR DISPUTA ENTRE DILMA E AÉCIO