O Estado de S. Paulo

Natal tem tiroteios, após morte e atentados atribuídos ao PCC

Estado determinou a convocação do Gabinete de Gestão Integrada; 2 homens foram mortos ao enfrentar PMs na capital

- Ricardo Araújo ESPECIAL PARA O ESTADO / NATAL

A madrugada de ontem foi marcada por tiroteios entre bandidos e policiais militares na zona norte de Natal (RN). Dois homens morreram após tentarem fugir da abordagem policial e iniciarem a troca de tiros.

Uma série de atentados em Natal, atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC), teve início no sábado após a morte do policial militar Kelves Freitas de Brito. Ele foi executado com três tiros pela manhã, em Parnamirim, região metropolit­ana de Natal. A execução foi comemorada com fogos de artifício em bairros da cidade em que funcionam pontos de vendas de drogas. As ordens para as ações criminosas teriam partido do Complexo Prisional de Alcaçuz, em Nísia Floresta. Os detentos envolvidos alegam maus-tratos e tortura na cadeia. O Estado nega.

A polícia também rejeita que os crimes tenham ligação com a morte de Brito. De acordo com os boletins de ocorrência registrado­s por agentes policiais, foram casos isolados. No sábado, um ônibus da Empresa Guanabara foi incendiado, o que levou as empresas de ônibus a recolherem a frota – que voltou a circular apenas ontem.

Crise. O Estado determinou a convocação dos integrante­s do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), instalado em momentos de crise na segurança pública, para analisar estratégia­s. O governo, porém, evitou falar na atuação da facção criminosa.

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