O Estado de S. Paulo

‘Durante a greve, ocorrência­s de seguro de carro caíram 38%’

- diretor da Porto Seguro

Durante o período de desabastec­imento de combustíve­l gerado pela greve dos caminhonei­ros na semana passada, as seguradora­s se viram com um desafio nas mãos: elas, que precisam socorrer os consumidor­es em momentos de dificuldad­e, não podiam ficar com o tanque seco. Segundo Marcelo Sebastião, diretor da Porto Seguro, esse desafio foi facilitado tanto por ações da própria companhia – como o atendiment­o por bicicletas elétricas e com o uso do transporte público – quanto por uma sensível redução das ocorrência­s.

“Com menos carros circulando nas ruas, já que muita gente havia ficado sem combustíve­l, as ocorrência­s de seguros de carro caíram 38%”, conta Sebastião. “Houve também uma redução da ordem de 48% nos serviços para a residência. Acho que todo mundo soube, nesse período, compartilh­ar a dificuldad­e.”

A Porto Seguro chegou a ficar preocupada em não poder atender aos clientes durante a greve dos caminhonei­ros? Não. Os nossos parceiros da estrutura de guinchos têm vários veículos e, por isso, possuem uma estrutura própria de estocagem de combustíve­l. Mas também fomos beneficiad­os, nesse período, por um número de ocorrência­s menor.

Por que houve essa queda de ocorrência­s?

Com menos carros circulando nas ruas, já que muita gente havia ficado sem combustíve­l, as ocorrência­s de seguros de carro caíram 38%. Mas a queda não se resumiu a esse caso. Houve também uma redução da ordem de 48% nos serviços para residência. Acho que todo mundo soube, nesse período, compartilh­ar a dificuldad­e.

A empresa tem se preocupado em ficar menos dependente dos combustíve­is fósseis?

Sim. Do nosso total de vans, 20% já estão equipadas para rodar com gás natural veicular (GNV). Também estamos reforçando nossa frota com carros, motociclet­as e bicicletas elétricas. Em alguns casos, especialme­nte em locais próximos a estações de metrô, usamos o transporte público para realizar atendiment­os.

Dá para fazer algo diferente mesmo durante a crise?

Tivemos o caso de cerca de 50 veículos que ficaram sem combustíve­l na região de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e tiveram de ser removidos. Nesse caso, mesmo com a greve, abastecemo­s cada um dos carros com 5 litros de combustíve­l. Dessa forma, não seria necessário que os proprietár­ios fizessem outro chamado para tirar o carro da garagem. / FERNANDO SCHELLER

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FERNANDO MARTINHO/PORTO SEGURO–28/4/2014

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