O Estado de S. Paulo

ANTES DA RÚSSIA, RIVAIS DE TRADIÇÃO

Seleção de Tite opta por encarar equipes mais fortes

- Ciro Campos

Aseleção brasileira conseguiu nesta preparação para a Copa na Rússia um fator inédito em comparação a edições anteriores do torneio. A equipe trocou os amistosos finais contra adversário­s fracos e até semiprofis­sionais para fechar os ajustes para a estreia com rivais de tradição.

O duelo de domingo com a Croácia, em Liverpool, por exemplo, foi a primeira vez na história em que o Brasil enfrentou em um jogo pré-Copa uma outra equipe classifica­da para o Mundial. Tite quis encarar a equipe pelo estilo de jogo ser parecido ao da Sérvia, adversário da primeira fase, além da qualidade do time servir como um bom teste para a seleção.

No próximo fim de semana será a vez de jogar contra a Áustria, em Viena. Apesar de não ter se classifica­do, a equipe europeia bateu a Alemanha de virada no último fim de semana por 2 a 1 e já disputou sete edições de Copa do Mundo.

Os jogos na Europa se contrapõem a um histórico de compromiss­os com adversário­s frágeis antes de Mundiais anteriores. Em 2006, por exemplo, a seleção enfrentou na Suíça o Combinado de Lucerna, formado por jogadores semiprofis­sionais. A vitória foi fácil: 8 a 0.

Nessas ocasiões, a postura da seleção era escolher rivais fracos para não expor atletas a um ritmo mais competitiv­o, garantir ritmo forte de jogo e também confiança. Só em 1990 o plano deu errado. Em um jogo-treino na Itália, a seleção perdeu por 1 a 0 para o Combinado da Úmbria, formado por jogadores de times pequenos como Gubbio, Perugia e Ternana.

A derrota foi a única da história da seleção em amistosos pré-Copa. No geral o retrospect­o é formado por goleadas sobre equipes como os 8 a 2 sobre Honduras, em 1994, e 4 a 0 sobre a Malásia, em 2002. A preparação para Mundiais anteriores serviu também para o Brasil encontrar rivais que dificilmen­te voltará a enfrentar, como Andorra, Zimbábue e Tanzânia.

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