Clássico termina igual e os dois times lamentam
Resultado em Itaquera não ajuda Corinthians e Santos, que continuam com seus técnicos sob desconfiança da torcida
O empate por 1 a 1 entre Corinthians e Santos na Arena, em Itaquera, ontem, não foi comemorado por nenhum dos times, já que ambos estão com seus treinadores sob desconfiança da torcida. Osmar Loss ouviu as primeiras vaias e xingamentos no clássico e Jair Ventura continua balançando no cargo.
O motivo de maior revolta dos fãs corintianos foi o fato de Loss tirar o atacante Pedrinho, que estava bem na partida, para dar lugar a Mateus Vital. “Achei que colocando um jogador com mais energia eu poderia mudar alguma coisa”, justificou o técnico, que disse estar ciente do momento delicado e entende as críticas da torcida.
“É natural. Sei da pressão que é comandar o Corinthians e precisar de bons resultados. Me preparei para isso, tenho de manter meu foco sempre no que acontece dentro de campo e ter a condição de trazer a torcida para o nosso lado”, explicou o treinador, que acumula três derrotas, um empate e uma vitória no comando da equipe, um aproveitamento de 26,6%.
Após um primeiro tempo com pouca emoção, o clássico ficou melhor na etapa final e o Corinthians abriu o placar com Roger, que marcou o seu primeiro gol na Arena. Pouco depois, Victor Ferraz desviou de cabeça e empatou a partida em um raro momento de falha no posicionamento da defesa corintiana. O atacante Gabriel teve duas excelentes oportunidades de marcar, mas chutou para fora nos dois lances.
Os jovens Pedrinho e Rodrygo também quase viraram protagonistas em lances parecidos. Ambos fizeram fila e chutaram forte para as defesas de Vanderlei e Walter, respectivamente.
Ao final do jogo, Victor Ferraz deixou claro que também não ficou satisfeito com a igualdade no placar fora de casa. “Jogamos bem, mas o empate não está de bom tamanho. Se alguém tivesse de vencer esse jogo, seria o Santos, pelas oportunidades criadas”, analisou.