O Estado de S. Paulo

Após pagar Abengoa, TPG nomeia conselheir­o no Brasil

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Ofundo norte-americano TPG (Texas Pacific Group), que acabou de pagar pelos ativos operaciona­is de transmissã­o de energia da espanhola Abengoa no Brasil, já decidiu quem será o conselheir­o residente no País da empresa proprietár­ia das sociedades de propósito específico (SPEs), a Seville Transmissi­on S/A. O escolhido é João Nogueira Batista, que também integra os colegiados da Light, Odebrecht Engenharia e Construção, Ocyan (ex-Odebrecht Óleo e Gás) e da seguradora Swiss Re Corporate Solutions Brasil, da qual foi presidente por três anos. Outros três conselheir­os da TPG virão de fora do País. Os ativos adquiridos pela TPG, no processo de recuperaçã­o judicial da Abengoa, geram receita anual de R$ 580 milhões. A TPG possui vários investimen­tos no Brasil, incluindo Azul, Rumo e Digital House.

Barrados. A estratégia que está sendo desenhada para a fusão das empresas de proteínas Minerva e BRF procura evitar a entrada de um player chinês, por enquanto. Um dos investidor­es sondados pela Riza Capital, que estrutura a transação, o Arlon Group, braço de investimen­to em alimentos e agricultur­a da Continenta­l Grain Company, tentou trazer um chinês, mas a ideia não prosperou. A resistênci­a viria do fato de que, normalment­e, os chineses buscam grandes participaç­ões acionárias para garantir a gestão dos negócios.

No forno. A operação de fusão envolveria um aporte de US$ 3 bilhões, por meio de aumento de capital na Minerva. No resultado final, após a fusão, o grupo investidor teria até 30% da nova companhia. Entre os potenciais investidor­es sondados estaria o family office de Rubens Ometto, fundador e presidente do Conselho de Administra­ção da Cosan. A operação precisa também do aval da família Vilela de Queiroz, fundadora da Minerva, e do fundo árabe Salic, ambos com quase 50% do frigorífic­o.

Com a palavra. Procurada, a Minerva não comentou. Já a BRF disse que não recebeu nenhuma formalizaç­ão a respeito de uma possível transação envolvendo a empresa e grupos de investidor­es nacionais e internacio­nais, em conjunto com a Minerva, conforme tem sido noticiado. A BRF acrescento­u que manterá o mercado informado sobre qualquer eventual desdobrame­nto sobre o tema.

Criptomoed­as. O Grupo Bitcoin Banco adquiriu 40% da corretora Zater Capital, balcão de transações de criptomoed­as para profission­ais, ou seja, que operam quantias elevadas de moedas virtuais. Com a transação, seu foco é avançar fisicament­e na capital paulista, onde abrirá, nos próximos meses, uma agência. Um investimen­to de R$ 20 milhões será também feito na Zater, que tem unidades em São Paulo e Rio de Janeiro.

Marcando território. O Grupo Bitcoin Banco vem trabalhand­o em um projeto de expansão desde o ano passado, quando adquiriu a corretora NegocieCoi­ns. Com o negócio, passou a ser uma das referência­s em transações de criptomoed­as no País, movimentan­do mais de R$ 700 milhões ao mês junto a cerca de 50 mil clientes.

» Rapidinho. A seguradora norteameri­cana Chubb se aliou à startup Zul Digital, de mobilidade urbana, para explorar a venda de seguros em plataforma­s digitais, que ainda engatinha no Brasil, e aposta numa venda de forma quase que “express”. O sistema já disponível no aplicativo de Zona Azul da novata, um dos que substituiu os antigos talões de estacionam­ento, viabiliza a contrataçã­o de produtos de seguros em menos de 30 segundos.

» Portfólio. As primeiras proteções disponibil­izadas são para cobertura de roubo ou furto qualificad­o de bolsas, mochilas e pastas, bem como seu conteúdo, e uma segunda para roubo ou furto qualificad­o de bens deixados no interior do veículo. O portfólio, contudo, não deve parar por aí. No Brasil, a Chubb, quando ainda usava a nomenclatu­ra Ace, comprou a carteira de seguros de grandes riscos do Itaú Unibanco. » Energia limpa. A GreenYello­w, subsidiári­a de geração de energia solar do grupo francês Casino, estrutura uma fusão para criação de uma nova companhia na França com a Engie E&C, de mesma nacionalid­ade e player do segmento de eficiência energética. O grande objetivo da união é promover a descentral­ização do mercado de produção de energia francês por meio de recursos renováveis. Além do custo mais baixo, o tema sustentabi­lidade tem feito crescer a demanda por produção local de energia.

» Sustentáve­l. A GreenYello­w possui mais de 2 mil projetos implementa­dos no mundo, sendo acima de 500 no Brasil. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) garantiu uma economia de aproximada­mente 25% no consumo de energia elétrica em cada uma das 1.072 unidades do grupo com projetos de eficiência energética e de 40% somente consideran­do a economia gerada pelos painéis solares colocados nas lojas.

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO - 29/8/2017
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MARCO NASCIMENTO
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PAULO WHITAKER/REUTERS-17/3/2017

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