Macron buscou apertar regras
Assim que assumiu, há um ano, o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu que o país estaria à frente da luta contra o terrorismo, tanto em solo nacional como no exterior. Em seus primeiros dias no cargo, ele pediu a extensão do estado de emergência que estava em vigor desde os ataques de novembro de 2015 promovidos por extremistas islâmicos na França. Macron manifestou a intenção de torná-lo permanente.
O estado de emergência dá à polícia francesa poderes excepcionais para fazer prisões em domicílios e proibir protestos, entre outros. Na época, o Partido Socialista, derrotado por Macron, e outras vozes da esquerda francesa pediram que ele abandonasse o projeto, afirmando que o estado de emergência é uma medida específica e não poderia se tornar uma regra permanente, sob o risco de haver uma regressão na proteção dos direitos humanos.
Macron também pediu ao seu governo que lhe apresentasse “medidas de reforço da segurança fora do estado de emergência”, com o objetivo de desenvolver um texto legislativo contra a ameaça terrorista. Seu governo anunciou ainda a intenção de criar um centro de coordenação de serviços antiterroristas. Em abril, o presidente francês propôs a criação de uma coalizão internacional de países e organizações para combater o financiamento ao terrorismo.