O Estado de S. Paulo

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Integração com outros ambientes é destaque nas cozinhas e banheiros

- Luciana Carvalho / ESPECIAL PARA O ESTADO Zeca Wittner / FOTOS

Integração com outros ambientes é destaque nas cozinhas e banheiros apresentad­os na Casacor 2018

As cozinhas, que já há algumas temporadas ostentam o sobrenome ‘gourmet’, ganharam mais peso nesta edição da Casacor. Da metragem ao tamanho dos móveis tudo nelas surge em versão ampliada. O fogão não fica mais escondido, mas ocupa o centro do ambiente. A cozinha como área social, com espaço para receber, é uma unanimidad­e. O que as diferencia é a dimensão da mesa e o número de assentos.

Na Casa Essencial, de Gustavo Martins, a bancada conta apenas com o necessário: pia e cooktop, mas não tem nada de tímida: fica devidament­e exposta para o living. Já o projeto de Gustavo Paschoalim, traz uma bancada um pouco maior, com cinco metros. Com cara de loft o ambiente foi idealizado para um jovem casal que gosta de receber. “Eu queria que ele tivesse o cheiro do alecrim, do orégano, então pensei em fazer uma horta de fácil manutenção”, explica ele.

Na mesma sintonia, os banheiros cresceram em tamanho, mas, igualmente na maior atenção em relação a iluminação, marcenaria e até paisagem. Em muitas propostas, chuveiros aparecem em espaços envidraçad­os que se abrem para jardins, sem perder a privacidad­e.

No ambiente Recinto do Bosque, da GDL Arquitetur­a, por exemplo, cada cabine tem uma janela de vidro virada para o bosque do Jockey. Brises pivotantes na fachada permitem a incidência da luz e melhor circulação do ar. “É muito comum entrar em um banheiro sem nenhuma entrada de luz natural. Tentamos evitar essa sensação claustrofó­bica”, afirma Gabriel de Lucca, responsáve­l pelo projeto.

Aberturas para áreas verdes também estão presentes nas cabines do Banheiro Público, de Marcelo Diniz. Até por isso, o arquiteto optou por pintá-las de cinza para ressaltar o jardim através do vidro. “Quando as cabines se tornam monocromát­icas, o jardim externo vira o foco das atenções”, explica o arquiteto.

Marcelo ousou ainda na escolha de materiais nada usuais em um ambiente que normalment­e traz bancada fria. Apoiou três cubas que imitam pedra sobre faixas de couro em balanço. Texturas contrastan­tes foram também um dos elementos que Danielle Cortez e Natália Meyer usaram para que o projeto Banheiro dos Sentidos ficasse fiel a seu o nome. Além de música, cheiro próprio e balinhas de menta.

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O Banheiro dos Sentidos do escritório Meyer Cortez e, à direita, a instalação de Marcelo Diniz, remetendo a uma bica natural de água, em frente a uma parede de pedra
c O Banheiro dos Sentidos do escritório Meyer Cortez e, à direita, a instalação de Marcelo Diniz, remetendo a uma bica natural de água, em frente a uma parede de pedra
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No Recinto do Bosque, da GDL Arquitetur­a, o revestimen­to de MDF, em tom claro, está presente nas paredes e na cuba da pia, tornando as portas das cabines quase imperceptí­veis
j No Recinto do Bosque, da GDL Arquitetur­a, o revestimen­to de MDF, em tom claro, está presente nas paredes e na cuba da pia, tornando as portas das cabines quase imperceptí­veis

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