O Estado de S. Paulo

Contra a Áustria, o último teste

- Almir Leite ENVIADO ESPECIAL / VIENA

Com força máxima, Tite deve escalar em Viena o mesmo time da estreia no Mundial, diante da Suíça, no próximo domingo A seleção brasileira faz hoje, contra a Áustria, em Viena, o último amistoso de preparação para a Copa do Mundo. Pouco depois da partida prevista para as 11h (de Brasília), no estádio Ernst Happel, a delegação viajará para a Sochi, onde estabelece­rá seu quartel-general na Rússia. Tite espera desembarca­r com a certeza de que o caminho para o hexa está bem traçado.

Esse trajeto passa pela recuperaçã­o 100% de Neymar, que pela primeira vez desde que sofreu a fratura no pé direito, dia 25 de fevereiro, começará uma partida. Embora não esteja totalmente pronto, o craque demonstra confiança, não está com receio de se expor em jogadas ríspidas e parece mesmo focado na Copa do Mundo.

Com a estrela da companhia presente, Tite escala a equipe que considera a melhor no momento, ofensiva, embora não garanta que seja a da estreia na Copa. Mas se o desempenho for bom, ele não terá dúvida: é o time que jogará contra a Suíça.

A equipe terá hoje dois meias que jogam avançados, Willian e Philippe Coutinho, e um centroavan­te que tem tanto boa movimentaç­ão quanto presença de área. E Neymar.

Tite quer esse quarteto pressionan­do os austríacos, embora de certa forma ainda careça de entrosamen­to, pois até agora eles só jogaram juntos três vezes, e em partes de partidas – duas pelas Eliminatór­ias e no amistoso com a Croácia –, num total de 60 minutos.

A expectativ­a é de que a Áustria não marque tão forte a saída de bola como fez a Croácia no amistoso vencido pelo Brasil por 2 a 0 domingo passado, em Liverpool. Mas deverá fazer alguma pressão e, em vez de apenas se defender, buscará ações ofensivas como fez no recente amistoso em que superou a campeã Alemanha por 2 a 1.

Segundo o auxiliar técnico Sylvinho, mais do que para o jogo com a Suíça, a Áustria será bom teste para a partida com a Costa Rica, a segunda do Brasil na Copa. “A Suíça tem linhas baixas, mas é uma linha de quatro (jogadores) definitiva. A segunda linha é de quatro, até de cinco. Já a Áustria está como a Costa Rica. A semelhança tática é com a Costa Rica’’, disse.

Para o zagueiro Miranda, que pela terceira vez será o capitão com Tite, jogar contra a Áustria vai ser bastante útil para o Brasil. “Eles melhoraram muito, estão invictos a quatro jogos, enfrentand­o grandes adversário­s. Vai ser um belo este para nós.’’

Um dos aspectos que Tite treinou durante a última semana de preparação do Brasil no CT do Tottenham, em Londres, foi a saída de bola. Ele quer rapidez e mais qualidade no passe, por maior que seja a pressão do adversário.

Na etapa final, ele fará alterações para certificar-se de como se saem algumas de suas opções. Neymar deve ser substituíd­o aos 65 minutos e Douglas Costa, recuperado de lesão muscular, poderá ter sua velocidade testada. Fagner pode ganhar alguns minutos na lateral direita e Roberto Firmino tem chance outra vez de entrar no lugar de Gabriel Jesus.

 ?? WILTON JUNIOR/ESTADÃO ?? Poder de fogo. Gabriel Jesus será a referência ofensiva da seleção
WILTON JUNIOR/ESTADÃO Poder de fogo. Gabriel Jesus será a referência ofensiva da seleção

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil