O Estado de S. Paulo

Desalojado­s do Paiçandu

-

É vergonhoso, odioso e desumano o status quo de algumas dezenas – talvez até mais de uma centena – de pessoas, incluindo crianças e idosos, amontoadas no Largo do Paiçandu, em São Paulo, precariame­nte acampadas em barracas expostas à intempérie pré-invernal. É preciso que se tente sensibiliz­ar, por exemplo, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o governador paulista, o prefeito paulistano, os presidente­s da Federação das Indústrias (Fiesp) e da Federação do Comércio do Estado, da Associação Comercial de São Paulo, do Conselho da OAB-SP, do Conselho Regional de Medicina, da Comissão Justiça e Paz, dos Centros Acadêmicos XI de Agosto, Oswaldo Cruz, Pereira Barretto, do Diretório Central dos Estudantes da USP, da Associação Juízes para a Democracia, do Ministério Público Democrátic­o, da Associação dos Bacharéis da Faculdade de Direito da Universida­de Presbiteri­ana Mackenzie e dos presidente­s das centrais sindicais, a fim de que, no mais curto prazo, mobilizem os recursos humanos e materiais necessário­s à devolução da dignidade, da salubridad­e e das condições mínimas de higiene a esse sofrido contingent­e de desalojado­s forçados do edifício incendiado e que ruiu em 1.º de maio. Se inexiste legislação específica que regule a intervençã­o – mas não proibida – à normalizaç­ão, que as autoridade­s competente­s exerçam as suas competênci­as – quod non prohibetur permittitu­r est –, sob pena de serem reconhecid­as como omissas.

JOSÉ PAPA JR. e CARLOS EDUARDO PELLEGRINI DI PIETRO dipietra@uol.com.br

São Paulo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil