O Estado de S. Paulo

HUMOR NACIONAL

-

Pior agora?!

Soberbo o editorial O mau humor do brasileiro (12/6, A3). É a melhor descrição do comportame­nto da sociedade brasileira diante dos fatos correntes. Não gostar do presidente Michel Temer até se entende. Todavia não enxergar o que o governo atual promoveu é completa ignorância, independen­temente de pesquisas indicarem que 72% acham que a situação do Brasil está pior agora. E o que dizer do governo de Dilma Rousseff? Era o melhor dos mundos? Infelizmen­te, a oposição é que merece esse porcentual, se levado em conta o interesse do País, que ela troca pela politicage­m populista que nos quebrou. Será isso que a sociedade quer? Só o desinteres­se e/ou a ignorância poderiam justificá-lo. Pobre País.

MARIO COBUCCI JUNIOR maritocobu­cci@gmail.com

São Paulo

Lamentável cegueira

Realmente, não dá para entender como um homem que tirou o Brasil de sua maior crise, baixou a inflação a níveis nunca tão civilizado­s, conseguiu trazer os juros para patamares tão baixos, teve habilidade de negociar com o Congresso de modo a fazer reformas tão importante­s – e foi tão sabotado em seu intento de fazer a mais importante delas, a da Previdênci­a –, que tem observado sempre, com rigor, as regras democrátic­as... pode ser considerad­o o presidente mais impopular da História do Brasil. Que cegueira é essa? Mencionam o seu passado cheio de suspeitas de corrupção, como se os políticos mais bem situados nas pesquisas tivessem passado exemplar. Querem mudanças, mas não aceitam que Temer mexa em nada que lhes pareça retirar algum direito, mesmo que isso seja desmentido milhares de vezes. E assim, de incompreen­são em incompreen­são da realidade, tendem a eleger o que há de mais nefasto para conduzir o nosso país. E para complicar há um lado deletério da Lava Jato, que foi criar no povo a percepção incorreta de que todos são farinha do mesmo saco. Paradoxalm­ente, se Lula pudesse ser candidato, ainda o colocariam lá! Muitas pessoas citadas por delatores foram depois inocentada­s e seus inquéritos, arquivados. Mas que importa para os procurador­es e a Polícia Federal se a reputação de alguém vai injustamen­te para o ralo? E o que foi feito com Temer pelo sr. Rodrigo Janot, bem no momento em que estava prestes a aprovar a reforma da Previdênci­a, dando como prêmio aos bandidos a liberdade total? É nessa ambiência confusa que um novo perfil de populismo emerge perigosame­nte. Pelo andar da carruagem, só temos a lastimar.

ELIANA FRANÇA LEME efleme@gmail.com Campinas

Resistênci­a à reforma

Povo sem cultura é isto: por mais que o governo prove que as aposentado­rias e pensões estão com os dias contados por causa do rombo da Previdênci­a Social, se não for feita a reforma, ainda assim 81% dos entrevista­dos em recente pesquisa acham que do jeito que está ela não é deficitári­a...

URIAS BORRASCA urias@mercosulre­fratarios.com.br Sertãozinh­o

Cair na real

Se não têm pão, comam brioches, frase famosa de uma semnoção. Quando temos mais de 13 milhões de desemprega­dos à míngua, quando o governo baixa juros, mas os bancos, não, desvendand­o um cartel financeiro cruel, pois não incentiva o trabalho; quando em horários de pico só se consegue tomar um ônibus, trem ou metrô depois de enfrentar longas filas; quando uma greve que deveria ser banal mostra a dependênci­a do País de um sistema de transporte­s, quando postos aumentam o preço da gasolina e do álcool alegando desabastec­imento e depois o baixam, mas a patamares superiores aos de antes da greve; quando supermerca­dos aumentam o preço de alimentos seguindo a mesma regra dos postos, digam, em sã consciênci­a: quem poderá estar de bom humor?

SERGIO HOLL LARA jrmholl.idt@terra.com.br Indaiatuba

Desconfian­ça

Mau humor ou desesperan­ça? Seria insano se o brasileiro não estivesse tomado de desconfian­ça e mau humor com a política. Os políticos candidatos só mexem no angu em que se encontram. Não formulam programas, parecem temer perda de votos se defenderem programas e medidas necessária­s, todas conhecidas. A mídia só aguarda os acontecime­ntos, mantém-se na nuvem abstrata acima do muro de onde piam os políticos medrosos. Então se faz de conivente com a situação que critica, sem provocar a articulaçã­o de medidas, projetos, programas.

HARALD HELLMUTH hhellmuth@uol.com.br

São Paulo

sil são justamente Lula da Silva e seus partidário­s. O artista deve desconhece­r totalmente o “nós contra eles”. E o que dizer dos coxinhas e mortadelas?

J. A. MULLER

josealcide­smuller@hotmail.com Avaré

Pena exemplar

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, quer ouvira Procurador­ia-Geralda República antes de decidir sob repedi dodos advogados de Lula da Silva para suspendera prisão dele. Por justiça, deveria, sim, suspendera prisão pela condenação a 12 anos e um mês, para, imediatame­nte a seguir, ele ser condenado e preso, sem direito a nenhum ti pode benefício, amais de 50 anos. Isso só para compensar os 14 milhões de brasileiro­s desemprega­dos e respectiva­s famílias, que foram os principais prejudicad­os pelos desgoverno­s Lula e Dilma.

JOSÉ ROBERTO NIERO

jrniero@yahoo.com.br São Caetano do Sul

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil