Caixa quer desovar 6 mil imóveis em apenas 2 lotes
ACaixa Econômica Federal abriu ao mercado o período para apresentação de propostas de interessados em levar dois lotes de imóveis que foram recuperados, mas que ainda carregam algum tipo de problema, os chamados bens não de uso próprio (BNDUs). São apenas dois lotes, de 3 mil imóveis cada um, entre casas, apartamentos, salas e galpões comerciais. A disputa será fechada e os lotes contêm imóveis com e sem ação judicial. Os investidores especializados em ativos problemáticos estavam de olho nessa oportunidade desde fevereiro, quando a Caixa sinalizou ao mercado que poderia fazer a venda. Houve, no entanto, atraso nesse processo causado pelas mudanças na presidência do banco e nas diretorias. As propostas têm de ser entregues até o dia 27 de julho e serão abertas no dia 2 de agosto. » Sem reclamar. A recente valorização do dólar deve servir de trampolim para o crescimento das receitas das resseguradoras brasileiras com atuação no exterior no segundo trimestre. Além do IRB Brasil Re, que tem Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e União como controladores, Terra Brasis e Austral, da Vinci Partners, tendem a ser beneficiadas. » Ganha-ganha. Essas companhias ganharão em duas frentes. Enquanto pelo lado das receitas, os resultados de prêmios emitidos no exterior virão fortes por conta do novo patamar do câmbio, do lado das despesas, boa parte está vinculada à moeda brasileira. Entre tais despesas estão os custos administrativos e de retrocessão – ou seja, transferência de risco entre as próprias resseguradoras. No IRB, que tem adotado uma estratégia de diversificação, os prêmios no exterior tiveram crescimento de quase 18% no primeiro trimestre ante um ano, totalizando R$ 548 milhões.
» Nova frente. A Trigg, fintech de pagamentos concorrente do Nubank, está apostando no mercado de cartões de lojas, o chamado private label. O ingresso da novata, de pouco mais de um ano de vida, se dá por meio de duas aquisições que permitiram à empresa alcançar um milhão de cartões emitidos. Até o final do ano, a Trigg espera superar a marca de R$ 1 bilhão em vendas.
» Reforço nacional. A Trigg, que tem entre seus sócios a Omni Financeira, comprou as operações de private label da UZE e da Biz, que atuam há mais de 20 anos no segmento de private label. Enquanto a primeira marca é forte no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a segunda está mais presente no Sudeste e Sul do País.
» Plano B. O volume de crédito concedido por meio de duplicatas segue registrando crescimento neste ano, sendo uma opção aos empréstimos convencionais junto aos bancos. Em 12 meses até abril, o total de crédito com base em duplicatas chegou a R$ 700 bilhões, um aumento de 27,5% se comparado ao mesmo período de 2017. O levantamento é da CRDC (Central de Registro de Direitos Creditórios) com base nas operações no Sistema Financeiro Nacional e dos segmentos de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e de Fomento Mercantil.
» De lado. Embora o resultado acumulado seja positivo, em abril, isoladamente, esse mercado parece ter perdido tração. O total dessas operações somou R$ 61 bilhões naquele mês, praticamente estável na comparação a março (R$ 62 bilhões). No Brasil, mais de 1 milhão de negócios geram recebíveis todos os dias.
» Na surdina. O Banco do Brasil está avançando em silêncio no atendimento a seus clientes via redes sociais e aplicativos de mensagens. O projeto, que atualmente conta com cerca de 100 mil usuários, terá o acréscimo de mais 60 mil na próxima semana e outros cerca de 40 mil em julho. O próximo passo é galgar a marca de 300 mil, o que deve ocorrer ao longo do segundo semestre. » Misto. O atendimento aos clientes utiliza inteligência artificial – o Watson, da IBM – e também uma tecnologia própria do Banco do Brasil. Toda a comunicação e transações bancárias, inclusive com intervenção humana, são feitas no próprio ambiente onde está o cliente, correntista ou não, seja via Facebook, Twitter ou WhatsApp. O objetivo é, num futuro próximo, permitir que a comunicação seja feita com o próprio gerente do banco. Bradesco e Itaú Unibanco também já testam o WhatsApp para se comunicar com os seus clientes.