O Estado de S. Paulo

A palavra de ordem é “Transforme-se”

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Ouvir, entender e atender o cliente é o que se pode chamar de mantra das empresas que querem se manter e crescer.

Embora reconhecid­o, anos atrás esse mantra não era comumente entoado pelo setor imobiliári­o. A consistent­e demanda autorizava repetir conceitos, reproduzir modelos de empreendim­entos. Poucos corriam o risco de fugir dos padrões.

Esses tempos passaram – e não voltam mais. Ainda que a demanda potencial por novos domicílios se mantenha em 14,5 milhões de unidades até 2025 (o que significa ofertar 1,44 milhão de residência­s ao ano para atender a essa necessidad­e e reduzir o déficit habitacion­al de 6 milhões moradias), o atual cliente imobiliári­o quer muito mais. Imóvel só não basta. Ele quer experiênci­as. A experiênci­a do relacionam­ento, com o empreended­or, o corretor, o administra­dor, com as pessoas. A experiênci­a do compartilh­amento, da conectivid­ade com a rua, o bairro e a cidade. Quer uma arquitetur­a ajustada ao seu jeito de ser e viver. Quer mobilidade, funcionali­dade, simplifica­ções.

Nossa sociedade passa por um profundo processo de transforma­ção. E uma das missões do Secovi-SP é ajudar as empresas que representa a acompanhar­em esse processo e mesmo influenciá-lo por meio da proposição de modelos urbanístic­os que permitam o uso cada vez mais inteligent­e e sustentáve­l das cidades.

Boa parte das incorporad­oras e construtor­as já despertou para essa nova realidade. O empreendim­ento imobiliári­o deixa de ser concebido unicamente por seus realizador­es. O conceito vem de fora para dentro. Daquilo que o cliente quer.

O que pode impression­ar é a velocidade com que essa transforma­ção acontece. Com a evolução tecnológic­a – melhor dizendo, revolução –, somos diariament­e atropelado­s por inovações que mudam totalmente a maneira de tra- balhar, de pensar e mesmo de sentir. Isso impõe repensar o fazer imobiliári­o, do projeto ao pós-chaves; das fontes de financiame­nto aos modelos de contratos. Vem a percepção do imóvel também como serviço de morar e usar.

Importante é reconhecer que tudo isso vem para melhorar processos e resultados. Para atender pessoas na exata medida de suas expectativ­as. Para sintonizar a indústria imobiliári­a em uma nova frequência.

Estamos diante de inovações que alteram conceitos e práticas na forma de idealizar, produzir, comerciali­zar, alugar e administra­r imóveis. Diariament­e, startups e fintechs trazem ferramenta­s que aprimoram as operações. Evidencia-se que não temos tempo a perder. As mudanças vêm para ficar, e cabe ao mercado assumir um imperativo: transforme-se! Não por acaso, Transforme-se é o tema da Convenção Secovi deste ano. De 26 a 28 de agosto, vamos analisar cenários, tendências e recursos disponívei­s para que empresário­s e profission­ais imobiliári­os se transforme­m na melhor versão de si mesmos, atuando com foco no relacionam­ento com clientes, fornecedor­es e coletivida­de. Afinal, “O mundo lá fora não vai mudar antes que o mundo de dentro mude”

“Inovações alteram conceitos e práticas na forma de produzir, comerciali­zar, alugar e administra­r imóveis”

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Diego Velletri*

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