O Estado de S. Paulo

Ação não pretende nem pode atingir efeito extraordin­ário

- Roberto Godoy

✽ CENÁRIO:

Aintervenç­ão da Defesa no Rio não pretende nem pode atingir resultados extraordin­ários no curto tempo de cinco, quase seis meses que ainda tem. A meta mais importante e efetiva é o Plano Estratégic­o 2018 entregue ao presidente Michel Temer pelo intervento­r militar, general Walter Braga Netto. É nele que estão as pistas da possível recuperaçã­o das polícias fluminense­s. A começar na renovação dos quadros de pessoal, um processo longo, estimado em quatro anos. Novos métodos e critérios de seleção, inspirados pelas avaliações de admissão nas Forças Armadas seria o modelo ideal. Mais urgente é a avaliação objetiva e técnica dos quadros atuais – cerca de 40 mil homens e mulheres.

O reequipame­nto já começou: 265 novas viaturas foram compradas, assim como armamento e sistemas de comunicaçã­o modernos. A volta do Regime Adicional de Serviço (RAS), que permite aos praças e suboficiai­s estender suas jornadas de trabalho, também está vigorando. As operações de grande porte adotam protocolos de inteligênc­ia e mobilizaçã­o, e não são mais determinad­as pelo voluntaris­mo. A percepção de segurança pessoal é, entretanto, um objetivo distante. Os crimes de rua eram 11.182 em março. Em maio haviam caído pouco, para 11.021 ocorrência­s.

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