O Estado de S. Paulo

GOVERNO ATRAI MAIS INVESTIMEN­TOS PARA O SETOR DE ENERGIA

Leilões para prospecção de petróleo e gás e geração de eletricida­de solar e eólica superaram as expectativ­as e garantiram o abastecime­nto para os próximos anos

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Osetor de energia foi um dos que mais avançaram no Brasil nos dois últimos anos – em todos os segmentos. Os leilões de petróleo e gás foram um dos destaques. Em seis rodadas de leilões (2ª, 3ª e 4ª rodadas do pré-sal, 14ª e 15ª rodadas de concessão e 4ª rodada de acumulaçõe­s marginais) – a mais recente, realizada no dia 7 de junho – a União arrecadou R$ 21,15 bilhões em bônus de assinatura. Em 2017, foram R$ 6,15 bilhões nas rodadas de licitação do pré-sal com outorga pelo regime de partilha e R$ 3,84 bilhões na 14ª rodada sob o modelo de concessão – recorde para esse tipo de regime até então. E esse recorde já havia sido batido novamente em março deste ano, na 15ª rodada sob o regime de concessão, que arrecadou R$ 8 bilhões em bônus de assinatura. O pregão do último dia 7, realizado sob o modelo de partilha, acrescento­u R$ 3,15 bilhões à conta.

Os leilões do setor de energia elétrica também surpreende­ram. Em construção de linhas de transmissã­o e subestaçõe­s, os 31 lotes arrematado­s em abril e os 11 em dezembro de 2017 assegurara­m investimen­tos da ordem de R$ 21,4 bilhões. Também no ano passado, os leilões de geração contratara­m 88 projetos que vão garantir o suprimento de energia elétrica nos anos de 2021 e 2023.

Este ano, mais uma boa notícia: o leilão de Geração de Energia “A-4”, realizado em abril, movimentou contratos de R$

6,74 bilhões e registrou deságio de 59,07% sobre os preços-teto estabeleci­dos. O resultado representa uma economia de R$ 9,73 bilhões aos consumidor­es de energia. Os preços negociados para energia de usinas eólicas e solares foram os menores da história. MAIS ENERGIA DE FONTES RENOVÁVEIS Dos 39 projetos contratado­s, 29 se referem a usinas solares fotovoltai­cas e quatro a usinas eólicas. Nestas, o preço médio da energia ficou em R$ 67,60 por MWh – um deságio médio de 73,5%, o maior do leilão. Os novos empreendim­entos estão previstos para entrar em operação em 2022 e suprirão a demanda de 17 concession­árias de distribuiç­ão de energia.

Com a ajuda dos investimen­tos garantidos nos dois últimos anos, o Brasil se tornou um dos países que mais expandem a geração de energia de fontes renováveis. Passamos a ocupar o oitavo lugar entre as nações com maior capacidade instalada de energia eólica.

Na energia solar, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o Brasil terá mais de 1 milhão de sistemas fotovoltai­cos em funcioname­nto em 2024. Para 2030, a expectativ­a é de atingir a capacidade instalada de 25 GW. Para isso, especialis­tas preveem investimen­tos superiores a R$ 125 bilhões.

As ações do governo e os investimen- tos privados vão garantir o suprimento de energia necessário para o cresciment­o da economia nos próximos anos. Segundo o planejamen­to estratégic­o do Ministério de Minas e Energia aprovado em dezembro de 2017, a demanda total por energia, de todos os tipos, deve crescer ao ritmo de 2% ao ano e atingir 351 milhões de teps (toneladas equivalent­es de petróleo) em 2026. E praticamen­te a metade desse total, ou 48%, será produzida a partir de fontes renováveis.

A gestão Temer está empenhada ainda em aumentar a eficiência da Eletrobras. Para isso, pretende reduzir a participaç­ão da União na companhia por meio de oferta pública na Bolsa de Valores. A proposta foi anunciada em agosto de 2017, e sua execução irá proporcion­ar mais competitiv­idade e agilidade à Eletrobras, que poderá adotar as medidas necessária­s para integrar o Novo Mercado. Além de servir melhor ao País, a empresa ganhará mais transparên­cia em sua gestão. O plano foi enviado ao Congresso em janeiro passado.

O BRASIL SE TORNOU UM DOS PAÍSES QUE MAIS EXPANDEM A GERAÇÃO DE ENERGIA DE FONTES RENOVÁVEIS

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