O Estado de S. Paulo

Galeria promove exposição em que obras de Leda Catunda dialogam com as do artista popular Alcides.

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Leda foi convidada pela Galeria Estação para escolher um artista do acervo do local para dialogar com sua produção. Nasceu, assim, a exposição Leda Catunda e Alcides: Onde Estamos e Para Onde Vamos, sobre a qual ela falou ao Divirta-se.

Como avalia a iniciativa da galeria de destacar o olhar dos artistas? Acompanho (esse projeto) desde o trabalho de Rodrigo Andrade com Ranchinho. A (Vilma) Eid, que dirige a galeria, tem procurado trazer artistas contemporâ­neos para dialogar com o acervo. Para mim, Alcides foi o mais fascinante.

Que vínculos há entre as duas produções? Uma vontade dele de ser moderno e, no meu caso, uma saudade do moderno, daqueles sonhos de progresso do século 20. Até para os mais leigos não é difícil perceber temas em comum, como estradas e veículos, além das cores e de uma simplifica­ção da figura.

São 20 obras suas e dez de Alcides. Foi difícil

fazer a seleção das obras dele? A galeria praticamen­te o descobriu, tem umas 20 obras dele; então, tive bastante liberdade. A escolha foi bem pontual e ficou harmoniosa. Foi surpreende­nte, durante a montagem, perceber as semelhança­s entre as paletas.

O que o título da mostra sugere? Uma metáfora para as angústias – no Brasil, com a crise, e no mundo, com o Trump, por exemplo. Mas também que podemos escolher para onde ir. Uma metáfora de mudança que aparece tanto na minha obra quanto na dele.

ONDE: Galeria Estação. R. Ferreira de Araújo, 625, Pinheiros, 3813-7253. QUANDO: Inauguraçã­o: hoje (15). 11h/19h (sáb., 11h/15h; fecha dom.). Até 11/8. QUANTO: Grátis.

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