POLÍTICOS
Desaforo no Pará
Em matéria publicada no Estadão de ontem, tornou-se público um absurdo cometido pelos legisladores paraenses. Os deputados estaduais decidiram, por unanimidade, estabelecer a inédita semana de um só dia, ou seja, os parlamentares vão trabalhar somente às terças-feiras, folgando nos demais dias úteis. Vale ressaltar que a mudança no expediente não resultou em economia para os cofres públicos do Pará. Os salários dos deputados, de R$ 25,1 mil, permanecem inalterados, passando incólumes pela redução de trabalho. É impensável que o dinheiro público seja usado de maneira tão descabida. Muitos desses deputados vão disputar a reeleição, permanecem com seus rendimentos e ao mesmo tempo ganham tempo adicional para fazer campanha. O presidente da Assembleia Legislativa do Pará, por exemplo, é candidato ao Palácio dos Despachos, tendo o apoio oficial de Simão Jatene (PSDB), o atual governador. Como se vê, o dinheiro do contribuinte, resultado de muito e árduo trabalho, é absurdamente mal utilizado em todos os níveis e nos diversos Estados, Brasil afora.
WILLIAN MARTINS martins.willian@globo.com Guararema
Congresso reduzido
A Coluna do Estadão de ontem dá conta de nova proposta de redução de bancadas no Congresso Nacional, agora de autoria do deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT). A ideia é reduzir o número de senadores de três para dois por Estado e o número de deputados federais por Estado: o mínimo cairia de 8 para 4 e o máximo, de 70 para 65. Dessa forma o Senado passaria de 81 para 54 cadeiras e a Câmara, de 513 para 395, com economia de R$ 1,3 bilhão em quatro anos. Propostas como essa – uma delas apresentada pelo senador Álvaro Dias (Podemos-PR) – precisam ser levadas adiante, com o fim de reduzir o chamado “custo Brasil”, tão decantado por todo mundo. Mas elas nunca se concretizam porque ninguém arreda pé dos seus “direitos”. SEBASTIÃO A. TARTUCI AUN sebastiao.aun@uol.com.br
São Paulo