O Estado de S. Paulo

Suárez falha, mas zagueiro salva o Uruguai no último minuto

- ECATERIMBU­RGO

Os três gols perdidos por Luis Suárez na estreia do Uruguai diante do Egito, ontem, em Ecaterimbu­rgo, não fizeram falta à seleção celeste, que venceu os egípcios por 1 a 0, com gol no fim do jogo do zagueiro Giménez. Porém, as chances desperdiça­das, que poderiam ter assegurado um triunfo mais tranquilo, foram motivo de lamentação pelo atacante.

Das três oportunida­des perdidas, a mais incrível foi quase na pequena área, o que causou irritação ao atacante do Barcelona durante a partida. Ele esbravejou, chutou as placas de publicidad­e e deu socos no chão a cada gol que não marcava. “Sou muito autocrític­o, sempre me cobro. Sei o que sou como jogador, o que posso dar a essa seleção, e obviamente não estive à altura. Sempre quero fazer gols e ajudar a equipe”, disse.

O técnico Óscar Tabárez avaliou como natural a dificuldad­e do Uruguai em fazer gols no Egito. “São coisas que acontecem. É a história dos goleadores. As famosas fases. Às vezes, entram todas as bolas, o gol está grande, e, às vezes, acontece o contrário, o gol está pequeno. Não é nada novo nem é nada com que eu me preocupe”, disse.

Para o treinador, o mais importante foi a postura da equipe. “Estou muito orgulho com o time pela atitude demonstrad­a durante a partida.”

O Uruguai não conseguiu exibir um futebol vistoso, com mais toque de bola. Foi a velha garra que acabou salvando a equipe aos 44 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Gímenez subiu mais que três marcadores após cobrança de escanteio e cabeceou para o fundo da rede.

Sem Salah, o Egito foi inofensivo. O atacante foi poupado para estar 100% no próximo jogo, em seu processo de recuperaçã­o de uma lesão no ombro esquerdo. Mesmo assim, o Uruguai não soube tirar proveito. O time foi lento e teve muita dificuldad­e na transição da defesa para o meio de campo. Cavani e Suárez ficaram isolados no ataque, trocando passes, um para o outro. Faltava mobilidade à equipe.

Para piorar, quando o time

conseguia criar uma boa chance de gol, pecava na finalizaçã­o – ou o goleiro egípcio salvava, como ocorreu aos 37 minutos do segundo tempo. Suárez tocou de cabeça para Cavani acertar lindo chute de primeira. O goleiro egípcio fez bela defesa. Seria a sua consagraçã­o final, mas aí veio a cabeçada certeira de Gímenez.

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ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP Sufoco. Giménez sobe mais alto que os marcadores e evita tropeço do Uruguai na estreia
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