Conmebol quer Nunes fora da CBF
Pivô de uma crise na CBF, o presidente da entidade, coronel Antônio Nunes, tem acusado a Conmebol de querer impor um “voto de cabresto”. A entidade sul-americana, que havia fechado um acordo sobre como votar para a escolha da sede de 2026, quer usara ocorri dopara silenciar o brasileiro nas reuniões da entidade e conseguir seu afastamento.
Na quarta-feira, Nunes deixou a Conmebol perplexa ao votar pela candidatura do Marrocos para sediara Copa de 2026, rompendo um acor dopara apoiar, em bloco, o projeto dos EUA, México e Canadá.
A CBF declarou que se tratava de uma decisão pessoal de Nune seque a entidades e mantinha aliada ao bloco. Na Conmebol, a movimentação vai no sentido de colocar um fim à participação de Nunes na organização. O que se estuda agora como isso poderia ocorrer. Uma das opções seria a de convencera CBFat rocar o representante apenas para as reuniões em Assunção e aguardar até o ano que vem por uma troca definitiva. Em abril, Rogério Caboclo assume a entidade.
Apessoas próximas, Nunesnega que tenha sido orientado a votar de uma forma ou de outra. “Disseram para ficar à vontade”, apontou. Outros dirigentes que estavam ao seu lado na hora da votação também indicaram que não houve uma obrigatoriedade em seguir um determinado voto.
Nunes, porém, estava em duas reuniõesemquea Conmebolrealizou consultas para fechar o acordo. Nos encontros, ele não emitiu opinião e os entendimentos foram costurados com dirigentes como Marco Polo Del Nero, Rogério Caboclo e Fernando Sarney. Ao final de ambas as reuniões, comunicados de imprensa foram emitidos pela Conmebol garantindo que todos os votos iriam aos americanos.
“É o que chamam de voto de cabresto”, criticou Nunes. Sua queixa é de que o Brasil tem influência suficiente para ter sua própria voz. Apesar de manter sua decisão, o coronel sentiu o impacto de seu voto e tem se mostrado abatido. Nos últimos dias, tem evitado sair do hotel, não foi à inauguração da Casa Conmebol em Moscou nem ficou durante todo o jogo de abertura da Copa no estádio.
Ao Estado, ele garantiu que irá ver o jogo da seleção, em Rostov, no domingo. “Claro que vou”, completou.