Cármen Lúcia assume pela 2ª vez a Presidência
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, assumirá nos próximos dias pela segunda vez o comando do Palácio do Planalto, com as viagens ao exterior do presidente Michel Temer (MDB) e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MD B-CE ). Temer vaia Assunção na segunda-feira para participar da Cúpula do Mercosul.
A primeira vez que Cármen assumiu foi em abril, quando o presidente viajou ao Peru. Isso tem acontecido porque não há vice na linha sucessória e toda vez que Temer viaja ao exterior, Maia e Eunício também são obrigados ase ausentar do País por causa da legislação eleitoral.
Pelas regras, quem quiser disputara eleição não pode exercer função no Executivo no período de seis meses anteriores ao pleito. Para evitar um problema com a Justiça Eleitoral, Maia vai viajar no fim de semana para Portugal e Eunício, para Buenos Aires.
O presidente da Câmara chegou a apresentar uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral( TSE) para sab erse pode assumir o Planalto quando o emedebista estiverem missão oficial no estrangeiro,masa Corte Eleitoral ainda não decidiu sobre o tema.
Amanhã, Cármen despachará diretamente do Planalto, conforme agenda pública divulgada no site do STF. Às 11h, ela se reúne com o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB). Às 14h30, Cármen tem audiência com o embaixador João Gomes Cravinho, da União Europeia. O último compromisso pre vis toé às16h,c oma ministra-chefe da Advocacia-Geralda União (AGU), Grace Mendonça.
Presidente. Em agosto de 2016, na véspera de assumira Presidência do STF, Cármen deixou claro que prefere ser chamada de presidente, e não“presidenta ”, como Dilma Rousseff. “Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa e acho que o cargo é de presidente, não é?”, disse Cármen durante sessão na Corte.
Mineira, Cármen foi indicada ao tribunal em 2006 pelo expresidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ministra foi advogada, procuradora do Estado de Minas Gerais e se tornou a segunda presidente mulher do Supremo.
Em 19 de maio de 2017, quando a delação da J&F veio à tona, Cármen rebateu rumores de que poderia assumira Presidência da República e afirmou que pretende continuar na magistratura “até o último dia”. “Estou no lugar que eu tenho a obrigação constitucional de estar e estarei com muito gosto”, disse a ministra.