O Estado de S. Paulo

Teatros, museus e até casamentos têm audiodescr­ição

Profission­ais descrevem detalhes de espetáculo­s de ópera e exposições de artes a missas e vestidos de noiva

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Enquanto nos cinemas a acessibili­dade para cegos anda em marcha lenta, teatros, museus, salas de espetáculo­s e centros culturais em São Paulo parecem dar mais atenção a esse público, que soma 53 mil pessoas na capital – outras 292 mil têm “grande dificuldad­e para enxergar” –, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE.

Na Sala São Paulo, no centro, por exemplo, há sessões de música clássica e ópera com audiodescr­ição. “Esse público não pode mais ser ignorado. Toda vez que fazemos espetáculo com audiodescr­ição vem gente nova”, afirma Livia Motta, que faz o trabalho ao vivo na Sala São Paulo, mas também em cinemas, teatros, museus e até em missas e casamentos. “Todos conseguem saber como é o vestido da noiva ou como a igreja está decorada nesses eventos especiais”, conta Livia.

Localizado no Morumbi, na zona sul, o Teatro Vivo aparece entre os bem ranqueados no quesito acessibili­dade. O espaço deixou de oferecer serviço de audiodescr­ição para os expectador­es, mas ele deve voltar após a reforma do teatro, prevista para começar nos próximos meses e que deve ser concluída no primeiro trimestre de 2019.

Entre os museus, a Estação Pinacoteca, no centro da capital, tem vários recursos para pessoas com deficiênci­a, incluindo audiodescr­ição.

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JOSÉ PATRÍCIO/ESTADÃO - 25/2/2014 Sala São Paulo. Música clássica com acessibili­dade

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